Trabalho do criador da ovelha “Dolly” “abriu perspetivas de esperança para a medicina regenerativa”



O cientista britânico Ian Wilmut, conhecido por liderar a equipa que realizou a primeira clonagem bem-sucedida de um mamífero, a ovelha Dolly, morreu ontem aos 79 anos. Clare Parish, chefe do Laboratório de Células Estaminais e Desenvolvimento Neural do The Florey, sublinha que o seu trabalho “abriu perspetivas de esperança para a medicina regenerativa”.

“A investigação inovadora de Ian Wilmut deixou uma marca indelével nos anais da ciência e na imaginação humana. A mais emblemática foi a sua criação da ovelha Dolly, na década de 1990, que estabeleceu novas referências em torno do potencial da tecnologia de clonagem e alterou para sempre a nossa compreensão da genética, da reprodução e das fronteiras da investigação médica e da própria vida. O seu trabalho catalisou uma nova era de possibilidades na agricultura, na medicina e na genética. Abriu portas a potenciais curas para doenças genéticas, revolucionou a criação de gado e abriu perspetivas de esperança para a medicina regenerativa”, afirmou a também Diretora Adjunta (Ciência) do The Florey, citada em comunicado divulgado pelo Centro Australiano de Meios de Comunicação Científica.

Clare Parish, acrescentou que, “para além da sua investigação laboratorial, o seu trabalho fomentou um imenso debate sobre as implicações da clonagem para os seres humanos, bem como sobre a ética e a filosofia da ciência em geral”.

“O impacto deste debate deu origem a novos requisitos regulamentares, continuamente revistos, e a orientações rigorosas que continuam a reger as nossas práticas de investigação atuais”, concluiu.

 

 

 





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