UE e cooperação portuguesa financia central fotovoltaica do centro de investigação de São Tomé



A União Europeia e a Cooperação Portuguesa através do Projeto de Apoio às Fileiras Agrícolas de Exportação (PFAE) financiaram com cerca de 240 milhões de euros uma central fotovoltaica para o Centro de Investigação Agronómica e Tecnológica de São Tomé (CIAT).

O PAFAE refere que a central inaugurada ontem visa dar resposta à “uma necessidade imperiosa identificada pelo CIAT, no sentido de colmatar a instabilidade no acesso à energia elétrica, que tem como consequência a rápida danificação de equipamentos e materiais e os atrasos na entrega dos resultados das análises laboratoriais”.

Segundo o diretor do CIAT, Severino do Espírito Santo a instituição possui um grupo de laboratórios “que são os grandes consumidores de energia” até então eram fornecida pela Empresa de Água e Eletricidade (Emae) e gerador elétrico, mas não eram suficientes, porque impunha dependência ao combustível.

A nova central é composta por 120 painéis solares, com uma potência total de 65 kW, ocupando uma área de 500 metros quadrados e dispõe de baterias que garantem o abastecimento energético do CIAT durante a noite e em períodos de baixa insolação.

“É uma alternativa de energia que acreditamos que com certeza irá dar mais e melhor resposta à necessidade desta instituição que beneficia todo o país”, sublinhou o presidente da Câmara Distrital de Mé-Zóchi, Anahory Dias.

O projeto de instalação da central foi coordenado pelo Instituto Marquês de Vale Flor (IMFV), responsável pelo PAFAE, em estreita parceria com o Ministério de Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural de São Tomé e Príncipe e incluiu a capacitação dos técnicos do CIAT “para a operação e manutenção do equipamento instalado e funcionamento geral da central”.

“Queremos que assim verifiquem se há uma maior fiabilidade dos trabalhos realizados neste centro de investigação, que são uma etapa fundamental no processo de certificação de qualidade dos bens exportados a partir de São Tomé e Príncipe”, sublinhou Jorge Morais,  administrador-executivo do IMVF.

O embaixador de Portugal, Luís Leandro da Silva, sublinhou que “estes projetos não são apenas estruturas físicas”, mas “são também pilares de inovação e de sustentabilidade”, enquanto o represente da União Europeia, Davide Morucci assegurou que o empenho da desta instituição no setor agrícola “vem de longos anos e vai continuar no futuro”.

O governo são-tomense defendeu a construção da central como mais um passo na transição energética no arquipélago, contribuindo para a diminuição da dependência do país dos combustíveis fósseis.

“Devemos continuar a financiar aquilo que de fato chega às comunidades, aquilo que de fato toca o povo. Quer dizer que devemos continuar a financiar a terra, devemos continuar a financiar a água, devemos continuar a financiar a energia e, se for renovável, melhor, porque tiramos essa dependência na importação dos combustíveis fósseis, que custa muito ao país”, disse o ministro do Estado, Economia e Finanças de São Tomé e Príncipe, Gareth Guadalupe.

Em nota de imprensa o PAFAE refere que a construção desta infraestrutura é também mais um passo na transição energética de São Tomé e Príncipe, contribuindo para a diminuição da dependência do país dos combustíveis fósseis.

“A produção de energia através de painéis solares fotovoltaicos revelou-se a opção energética mais eficiente e sustentável, essencial para assegurar o sucesso do trabalho dos investigadores do CIAT e, assim, potenciar a continuação da investigação agronómica em São Tomé e Príncipe, crucial para o desenvolvimento do setor no país”, lê-se no documento.






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