UE quer fazer avaliação sobre debilidades em áreas tecnológicas críticas
A Comissão Europeia recomendou ontem uma avaliação sobre as debilidades que os Estados-membros da União Europeia (UE) têm em áreas críticas como os semicondutores, Inteligência Artificial (IA), biotecnologias e tecnologia quântica.
A Comissão aprovou ontem um princípio de recomendação, que, na prática, faz a cada Estado-membro uma sugestão para que avaliem que fragilidades têm em “áreas tecnológicas críticas” que coloquem em causa a segurança económica da UE, segundo indicou uma nota informativa hoje divulgada.
Bruxelas identificou quatro áreas críticas: os semicondutores, utilizados na atualidade em praticamente tudo e cuja escassez durante a pandemia de covid-19 provocou quebras significativas nos ‘stocks’ de vários produtos tecnológicos; a Inteligência Artificial, uma temática premente para o executivo comunitário liderado por Ursula von der Leyen e cuja legislação a Comissão quer finalizar o quanto antes; a criptografia e comunicações quânticas; e a utilização de modificações genéticas e outras aplicações da biotecnologia.
A Comissão Europeia tem como intenção impedir a fuga destas tecnologias e a sua utilização para diminuir as capacidades concorrenciais dos 27 Estados-membros.
Por isso, vai recomendar “aos Estados-membros, em conjunto com a Comissão, a inicialmente avaliarem as debilidades nestas quatro áreas até ao final do ano”.
A recomendação inclui orientações sobre como fazer uma avaliação estruturada, incluindo a consulta do setor privado e a proteção da confidencialidade.
A calendarização ainda está a ser discutida, mas a Comissão quer ver resultados desta auscultação o quanto antes para poder apresentar iniciativas adicionais até à primavera de 2024.