Universidade de Coimbra está a desenvolver robô que detecta minas
Uma equipa do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Universidade de Coimbra está a desenvolver um robô de detecção de minas, para auxiliar na tarefa de retirar milhões de minas terrestres activas em todo o mundo.
Os membros da equipa estão actualmente a submeter o robô a uma série de testes e a trabalhar no sentido de o optimizar e automatizar o perigoso esforço manual que é necessário na remoção de minas, dá a conhecer um artigo na Gizmag, citado pelo Green Savers Angola.
O projecto teve início em 2012, quando, como parte do programa de bolsas Partnerbot que apoia o desenvolvimento da investigação robótica, a empresa canadiana Clearpath Robotics forneceu ao instituto português uma base robótica móvel conhecida como Husky Unmanned Ground Vehicle.
Depois de terem recebido o Husky, a equipa de investigação equipou-o com sensores de navegação e localização, um radar que penetra o solo e um braço robótico personalizado com um detector de metal. Este equipamento foi instalado no robô para o mesmo perceber as características do terreno, navegar através do terreno, e detectar e localizar minas terrestres.
A primeira série de testes, em 2013, teve de ser interrompida devido a complicações com o braço robótico personalizado. A equipa está agora a fazer ajustes à máquina, com o desejo de realizar mais testes em meados de 2014.
“A detecção de minas é um processo extremamente perigoso e demorado”, disse Lino Marques, professor na Universidade de Coimbra e investigador no ISR. “Os robôs não se cansam; podem ser extremamente minuciosos na realização dos seus trabalhos e o seu custo é infimamente menor ao de uma vida humana. Por estas razões, os robôs são a solução perfeita para o problema da remoção de minas”.
Se a visão da equipa for cumprida, o robô será um esforço adicional entre outros robôs de detecção de minas que já estão em uso, tal como o MineWolf e o DIGGER DTR D-3. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estima que haja 110 milhões de minas terrestres, que reivindicam 800 vidas por mês. Qualquer tentativa para ajudar a minimizar estes danos seria bem-vinda.