Universidade Nova de Lisboa estuda proteína que reduz Co2 na atmosfera



A União Europeia tem até 2050 para atingir a meta da neutralidade das emissões de carbono. Os países criaram medidas e políticas ambientais de forma a contribuir para o cumprimento deste objetivo. Em Portugal, uma equipa de cientistas deu um grande passo que pode levar a resultados mais eficazes.

O artigo publicado na revista “ACS Catalysis” revela como os investigadores da Universidade Nova de Lisboa decidiram compreender o funcionamento desta bactéria comum, presente em solos e ambientes marinhos, e no intestino humano.

A bactéria Desulfovibrio vulgaris foi estudada pelas equipas, que descobriram que se mantém estável na presença de oxigénio e que, através de enzimas transforma o dióxido de carbono num combustível químico (formato), equivalente ao hidrogénio, que não é explosivo nem tóxico.

Inês Cardoso Pereira, investigadora do ITQB NOVA  refere que “Perceber o funcionamento deste processo biológico com milhares de milhões de anos de evolução pode dar-nos a chave para o desenvolvimento de novas tecnologias que permitam a redução dos níveis atmosféricos de CO2“.

Embora as plantas, os solos e os oceanos contribuam para a remoção de CO2 na atmosfera, não é o suficiente para os resultados necessários.

A diretora do UCIBIO-FCT NOVA Maria João Romão, aliada na investigação, afirma que o estudo permite não só “resolver um dos maiores desafios atuais para a sustentabilidade do planeta, a neutralidade carbónica”, como também gerar novos caminhos que levam à resolução deste problema.

 





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