Vaga de calor forte e duradoura intensifica-se e permanece até domingo nos EUA
Uma forte e duradoura onda de calor esta a intensificar-se no oeste e sudoeste dos Estados Unidos e deve manter-se até domingo, estando sete Estados em alerta desde hoje.
Nos próximos dias, é esperado que 40 milhões de pessoas sejam afetadas com temperaturas iguais ou superiores a 100 graus fahrenheit (37,7 graus centigrados), noticia o ‘site’ de notícias Axios.
Este calor extremo e fora do vulgar para o mês de junho está a agravar a condição de seca já existente e pode resultar e outra temporada de incêndios florestais devastadores.
Em Las Vegas, na madrugada de hoje as temperaturas mínimas fixaram-se nos 90 graus fahrenheit (32,2 graus centígrados), e as máximas esperadas até sábado durante o dia devem aproximar-se do recorde histórico da cidade, de 117 graus fahrenheit (47,2 graus centígrados).
Já em Phoenix, durante a noite a temperatura mínima foi de 88 graus fahrenheit (31 graus centígrados).
Citado pela agência AP, um especialista do serviço meteorológico de Phoenix destacou que “ainda é cedo para ver temperaturas tão altas” e que o mais “incomum é a resistência e duração” da vaga de calor.
A onda de calor resulta de uma extensa massa de alta pressão junto à superfície e em altitude.
Para o Death Valley [Vale da Morte em português], na Califórnia, local que detém o recorde de temperatura já registado, de 129 graus fahrenheit (53,8 graus centígrados), pode ver estes números igualados hoje ou quinta-feira, após ter atingido na terça-feira 124 graus fahrenheit (51,1 graus centígrados).
O Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA (NWS, na sigla em inglês) alerta que os recordes temperaturas altas, quer durante o dia, quer durante a noite, podem ser batidos no fim de semana na Califórnia e em partes da região oeste.
Os riscos de incêndio florestal são especialmente elevados desde o Arizona à Califórina, e no nordeste em Montana.
No Arizona e no Novo México são esperados relâmpagos que podem desencadear novos incêndios florestais a partir de hoje, em regiões que já são secas.
Também são esperados problemas de energia, pois há menos produção de energia hidroelétrica para lidar com os picos de procura no sudoeste dos EUA.
O Lago Mead, por exemplo, atingiu seus níveis mais baixos desde que foi enchido pela primeira vez na década de 1930, cortando a produção de energia na barragem Hoover.
Esta redução pode forçar as autoridades da Califórnia a utilizar a produção de energia através do gás natural, o que dificulta as ambiciosas metas para a redução de emissões de gases de efeito de estufa.
Até agora o pico do calor não atingiu as áreas mais densamente povoadas da Califórnia, o que permitiu ao Estado evitar qualquer corte de energia semelhantes aos do ano passado e a fornecedora elétrica da região espera ter energia suficiente para a procura extra prevista.
Segundo as conclusões dos cientistas meteorológicos, as ondas de calor estão a tornar-se mais intensas e duradouras à medida que as temperaturas médias sobem em geral.
Estudos sobre o clima demonstram que eventos extremos de calor não teriam ocorrido caso não tivesse surgido o aquecimento global causado pelo homem.
Nos últimos anos têm-se registado zonas persistentes de extensas de alta pressão no alto, conhecidas como ‘domos térmicos’, que bloqueiam os sistemas de tempestade e mantêm o clima quente desta forma por mais dias.