Via Láctea pode estar rodeada por 2.000 buracos negros



A Via Láctea pode estar cercada por até 2.000 buracos negros projectados para o espaço ao longo de milhares de milhões de anos de colisões entre galáxias.

A informação é adiantada por uma equipa da Universidade da Califórnia que fez simulações em computador da formação da nossa galáxia que a mostram rodeada de buracos negros. O seu modelo de estudo baseou-se na teoria de que todas as galáxias se formam tendo um buraco negro como coração.

À medida que estas protogaláxias colidem e se fundem, os seus buracos negros centrais também se fundem, combinando eventualmente num buraco negro supermassivo com milhões de vezes a massa do Sol.

No entanto, as colisões entre buracos negros, quando as galáxias incipientes interagem, criam ondas gravitacionais capazes de arrancar um buraco negro jovem da sua galáxia hospedeira e lançá-lo para outros pontos. Foi perante isto que os cientistas descobriram que entre 70 a 2.000 desses corpos existem de forma persistente na nossa galáxia.

Há um consenso geral de que os buracos negros supermassivos existem no centro da maioria das galáxias. Pensa-se que a Via Láctea esteja localizada numa região conhecida como Sagittarius A* – uma fonte de rádio astronómica brilhante e muito compacta no centro da galáxia.

O buraco negro é uma região do espaço-tempo cuja gravidade impede qualquer coisa, incluindo a luz, de escapar. Em torno do buraco negro existe uma superfície matematicamente definida, chamada de horizonte de eventos, que marca o ponto de não retorno. Designa-se de negro porque absorve toda a luz que atinge o seu horizonte, não reflectindo nada.

A existência de buracos negros pode, por vezes, ser deduzida pela observação das suas interacções gravitacionais com o meio envolvente.

Estas descobertas foram publicadas na revista online arXiv.





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