Zimbabué importou mais de 1 milhão de toneladas de cereais sobretudo da América do Sul



O Governo zimbabueano anunciou ontem que o setor privado importou mais de 970 mil toneladas de cereais desde abril, para travar a fome provocada pela seca persistente, enquanto o estado importou mais de 39 mil toneladas.

As importações do setor privado foram sobretudo de países sul-americanos e o objetivo é combater a fome resultante do fenómeno meteorológico El Niño.

De acordo com os números apresentados em conferência de imprensa pelo ministro da Informação, Jenfan Muswere, o setor privado conseguiu importar 974.678 toneladas de cereais do Brasil, Argentina e México, mas também da Zâmbia e da Rússia.

“A nossa política, liderada pelo Presidente, [Emmerson] Mnangagwa, é que ninguém deve passar fome no país”, disse Muswere, explicando que os cereais importados incluem milho, trigo, arroz e farinha.

De acordo com o ministro, dos cereais importados até à data, cerca de 17 mil toneladas foram utilizadas para alimentar os alunos nas suas escolas, tanto nas zonas rurais como urbanas.

Em maio passado, o Governo do Zimbabué lançou um programa de distribuição de 648 milhões de dólares (cerca de 593 milhões de euros) de ajuda alimentar e financeira a 8,7 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar devido à seca, ou seja, pouco mais de metade da população do país.

Desde então, as autoridades têm distribuído vales de dinheiro nas zonas urbanas e alimentos nas zonas rurais, o que tem ajudado muitas pessoas a não passarem fome, num programa que deverá prolongar-se até ao primeiro semestre do próximo ano.

No mesmo mês, o Governo aprovou a importação de 1,4 milhões de toneladas de milho da Argentina, Brasil, México, Estados Unidos e Rússia até ao final do ano, anunciou então a Associação de Moageiros do Zimbabué.

Em 03 de abril, o Presidente declarou o estado de catástrofe nacional devido às fracas chuvas causadas pelo fenómeno meteorológico El Niño, que provocou um défice alimentar que está a afetar a maioria das famílias.





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