Zoo na Alemanha sob fortes críticas depois de eutanasiar babuínos por falta de espaço



Um parque zoológico na cidade de Nuremberga, na Alemanha, diz ter eutanasiado 12 dos seus babuínos-da-guiné (Papio papio) esta terça-feira porque a população residente da espécie excedia a capacidade das instalações.

Em comunicado, o zoo Tiergarten Nürnberg afirma que a decisão resulta de “muitos anos de intensa consideração e de procura por alternativas”, e que o procedimento foi feito em coordenação com “as autoridades reguladores competentes”, com as autoridades ambientais e veterinárias locais e com o programa de reprodução de em cativeiro de espécies ameaçadas da Associação Europeia de Zoos e Aquários.

“A redução do tamanho do grupo era inevitável, porque os 43 animais do grupo em muito excediam os 25 para os quais o recinto de babuínos do zoo foi concebido”, justifica a entidade em nota, acrescentando que foram recolhidas amostras de tecidos dos animais para efeitos científicos, e os seus esqueletos foram preservados para os mesmos fins. O tecido muscular dos babuínos eutanasiados, a carne, serviu de alimento aos predadores do zoo.

A decisão do parque zoológico de Nuremberga foi recebida com protestos por parte de ativistas dos direitos dos animais. Reporta a britânica ‘BBC’ que sete ativistas foram detidos esta terça-feira depois de terem entrado no zoo para protestar e que uma mulher terá colado as suas mãos ao pavimento perto da entrada.

O zoo garante que nenhuma das fêmeas eutanasiadas estava grávida e avança que os animais foram mortos a tiro dentro de gaiolas de transportes, “de acordo com regulamentos de bem-estar animal”. No total, foram mortos três machos e nove fêmeas, todos adultos.

De acordo com a instituição, foram feitas várias tentativas para transferir os babuínos para outros jardins zoológicos, mas sem sucesso. Métodos de contraceção terão também falhado em controlar o aumento da população.

O recinto dos babuínos do zoo de Nuremberga foi expandido em 2009, para acomodar uma população máxima de 25 animais, e a instituição diz que uma segunda expansão não resolveria o problema da sobrelotação e que tal poderia pôr em causa a ampliação de recintos para outras espécies ameaçadas.

Diz a ‘CNN’ que grupos de defesa dos direitos dos animais vão avançar com ações judiciais, incluindo uma queixa-crime, contra o zoo alemão.






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