Zoo no Reino Unido celebra nascimento de leões trigémeos como vitória para a conservação da espécie

Três crias de leão (Panthera leo) nasceram no passado dia 13 de abril no West Midlands Safari Park, na cidade de Bewdley, no Reino Unido. A instituição assinala que o nascimento é “significativo” e uma vitória para a conservação da espécie, classificada como “Vulnerável” ao risco de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza.
Em comunicado, o parque zoológico informa que as crias nasceram à progenitora Amber, de 12 anos de idade e que, já com oito semanas, foram sujeitos aos primeiros exames médico-veterinários, que permitiram determinar o sexo de cada uma delas: dois machos, de nomes Nero e Nox, e uma fêmea, chamada Nancy.
Progenitora Amber com as suas três crias, no recinto protegido onde nasceram. Fonte: West Midlands Safari Park.
Segundo Shauna Jenkins, responsável pelo tratamento dos carnívoros nesse zoo britânico, diz que Amber tem sido “uma mãe fantástica”, tendo a equipa monitorizado as crias através de videovigilância, para causarem a menor perturbação possível.
“À medida que foram crescendo e tornando-se mais ativas, as crias tornaram-se cada vez mais brincalhonas, sendo frequentemente vistas a trepar pela progenitora ou a usarem a sua cauda como um brinquedo”, avança Jenkins.
De acordo com a tratadora, a fêmea Nancy está já a dar sinais de uma “forte independência”, com os seus irmãos a seguirem-na quando exploram o seu ambiente e investigam novos cheiros e objetos.

Antes de poderem ser avistados pelo público, as crias e a progenitora passarão para uma área aberta onde continuarão a ser monitorizadas pelas equipas técnicas do zoo, e onde os mais pequenos receberão uma segunda dose de vacinas e serão novamente examinados.
Lembrando que os leões são “animais icónicos das históricas infantis e têm sido vistos em zoos há séculos”, Katie McDonald, técnica de investigação e conservação do West Midlands Safari Park, lembra que as estimativas apontam para que existam atualmente entre 22 mil e 25 mil leões adultos e subadultos em regime selvagem em toda a África (e no mundo), vivendo em cerca de 6% da sua área de distribuição histórica.
Essas perdas devem-se, sobretudo, à perda de habitat e de presas, fruto da expansão das populações humanas em áreas de ocorrência de leões, com os conflitos entre as duas espécies a tornarem-se “cada vez mais um problema”, especialmente porque a tendência de declínio populacional dos leões continua em força.
“Há estratégias regionais de conservação específicas implementadas para salvar leões no terreno em África”, aponta McDonald, e tê-los no zoo “permite-nos manter a sua história bem viva”.