Zumbidos e assobios: Porque é que o comportamento autoritário dos gansos compensa



Um novo estudo publicado na Royal Society Open Science analisou a forma como a dominância social é criada pelo comportamento agressivo nas populações de gansos-de-faces-negras.

O estudo, conduzido por especialistas em aves da Universidade de Viena e da Universidade de Flinders, concluiu que as diferenças individuais na agressividade, se consistentes ao longo do tempo e dos contextos, podem contribuir para a manutenção a longo prazo das hierarquias sociais em sociedades animais complexas.

Embora as interações agonísticas tenham sido anteriormente utilizadas para calcular as posições dos indivíduos numa hierarquia de dominância, até à data a repetibilidade do comportamento agonístico não foi testada para calcular a posição social.

Os gansos-de-faces-negras agressivos são efetivamente mais dominantes, afirma a autora principal, a Professora Sonia Kleindorfer, do Centro de Investigação Konrad Lorenz para o Comportamento e a Cognição da Universidade de Viena e do Flinders Uni BirdLab.

“Descobrimos que as diferenças individuais na agressividade eram significativamente repetíveis e que a agressividade dos indivíduos previa a sua posição no ranking de dominância”, explicou.

“Estes resultados sugerem que a seleção pode favorecer a agressividade, dados os benefícios associados à posição dominante e, consequentemente, ao acesso aos recursos”, concluiu.





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