1.º Congresso Internacional de Biotecnologia de Algas em Portugal reafirma liderança na bioeconomia azul

Mais de 280 participantes de 22 países – incluindo universidades, centros de investigação, empresas, startups e organismos públicos – reuniram-se em Lisboa, entre os dias 9 e 11 de abril, para debater o futuro das algas na sustentabilidade, saúde, alimentação e inovação industrial. O 1.º Congresso Internacional de Biotecnologia de Algas reforçou o papel de Portugal como referência europeia na biotecnologia de algas e na transição para uma bioeconomia azul, foi divulgado em comunicado.
Segundo a mesma fonte, organizado pela PROALGA – Associação Portuguesa dos Produtores de Algas e pelo GreenCoLab, o congresso destacou a crescente importância das algas como matéria-prima estratégica para a economia do futuro. Ao longo de três dias, foram apresentadas dezenas de descobertas e investigações científicas, demonstrações práticas e mesas-redondas entre líderes e decisores da indústria, num ambiente que promoveu a partilha de conhecimento e o reforço das redes de colaboração internacional.
Entre os destaques do programa estiveram as apresentações de projetos e estudos inovadores sobre o impacto ambiental da produção de microalgas, utilizando metodologias de Análise de Ciclo de Vida, que posicionam as algas como alternativas sustentáveis às fontes convencionais de proteína. Foram também lançadas dois livros que aproximam ciência, gastronomia e educação: “The Whole Ocean on the Plate”, com a colaboração do chef Leonel Pereira, e “The Green of the Blue”, um livro ilustrado destinado ao público infantil.
O congresso incluiu ainda uma sessão especial dedicada ao projeto nacional Algae Vertical, integrado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), onde empresas e centros de investigação apresentaram os resultados de um dos maiores esforços colaborativos do setor em Portugal.
Estiveram presentes representantes de instituições de renome internacional como a Wageningen University, University of Almería, ETH Zurich, Universidade do Porto, Allmicroalgae, Elea Technology GmbH, IMT Mines Alès, Universidade do Minho e S2AQUAcoLAB, entre muitas outras, demonstrando a diversidade e o dinamismo do ecossistema global da biotecnologia azul.
Com uma agenda que integrou ciência, indústria e políticas públicas, o 1.º Congresso Internacional de Biotecnologia de Algas representou um momento decisivo para a consolidação do setor em Portugal e um sinal claro da crescente relevância das algas na construção de uma economia mais verde, circular e resiliente.