10 dos destinos mais deslumbrantes do mundo (com FOTOS)
Em Março publicámos um artigo sobre 10 dos mais fantásticos destinos do mundo. Hoje trazemos-lhe outros dez locais indescritíveis. São lugares que vão desde as invenções do Homem às criações da natureza, todas de uma beleza admirável, destinos de nos fazer suspirar.
Área de Gizé
Gizé, um subúrbio nos arredores do Cairo , é a imagem icónica do Egipto dos faraós há mais de 4.000 anos. As suas pirâmides evocam a precisão e grandeza sobre-humana, a conexão entre a terra e o céu e, acima de tudo, a imortalidade. Tudo isto se concentra no vasto planalto de Gizé e, mais especificamente, na necrópole de 160 Km2 que alberga as grandes pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos. Talvez não haja no mundo lugar mais avassalador e intenso. Aqui não existem apenas pirâmides dos faraós da quarta dinastia, mas também túmulos de príncipes, cortesãos e altos funcionários, templos mortuários e buracos escavados no chão com barcos solares, destinados a fazer a grande viagem após a morte. A Grande Esfinge de Gize (identificada com o aparecimento do deus Horus no horizonte) também parece guardar o sonho eterno desta vasta necrópole.
Alesund
A Noruega tem um dos portos de pesca mais bonitos do mundo: Alesund. Esta pequena localidade de apenas 40 mil habitantes é provavelmente para muitos a cidade mais bonita do país. Muito peso nisto teve um incêndio que a destruiu quase por completo em 1904. A reconstrução foi feita seguindo o estilo Art Nouveau, segundo o qual torres, agulhas e ornamentação se tornam a principal característica. Na verdade, a originalidade de Alesund assenta na homogeneidade das construções de pedra e tijolo. Mas se há um aspecto que se destaca nesta pequena cidade norueguesa é a sua localização – ela foi construída sobre uma fileira de sete ilhas em pleno Oceano Atlântico.
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Machu Picchu
Não existem registos históricos relativos a Machi Picchu – isso, juntamente com o fascínio desde a sua redescoberta em 1911 por parte do americano Hiram Bingham, fez nascer variadas teorias acerca do nascimento e declínio da cidade junto de arqueólogos e historiadores. Hoje, uma das mais plausíveis é que Machu Picchu foi construída como um santuário que serviu de descanso terreno – e depois eterno – ao fundador do Império Inca, Pachacuti Yupanqui, e à sua corte. Aqui assiste-se a uma disposição requintada dos edifícios, um paisagismo que acentua a beleza natural do penhasco e uma construção de extrema qualidade arquitectónica que exibe edifícios religiosos e civis. Como tantos outros lugares míticos do mundo, Machu Picchu sofre uma grande pressão turística. É realmente um lugar digno do deus do Sol.
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Parque Nacional de Skaftafell
É o segundo maior parque nacional da Islândia, com mais de 1.700 Km2, localizado no sul do país entre as localidades de Kirkjubæjarklaustur e Höfn. No Parque Nacional de Skaftafell existem algumas das principais atracções do país, como a cascata Svartifoss ou “cascata negra” – uma queda de água de 25 metros de altura rodeada de pedras de basalto negro presentes em colunas. Outra das atracções do local é a montanha mais alta do país, designada Hvannadalshnúkur, onde a súbita tem de ser feita com o acompanhamento de profissionais, devido à grande quantidade de fissuras escondidas. O miradouro Sjórnarske, de onde se pode avistar uma paisagem espectacular sobre o glaciar Skaftafellsjökull, a pequena central eléctrica de Vestragil e o lago Jokulsarlon, é outro lugar que mais atenções atrai nesta zona do sul da Islândia.
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Calakmul
Cyrus Longworth Lundell, um botânico americano que investigava o eucalipto, deparou-se na profunda selva de Campeche, no México, com o que pareciam ser resquícios maias. No seguimento da expedição arqueológica, encontrou uma grande cidade em excelente estado de conservação, embora a selva tivesse tomado conta de tudo. O lugar foi denominado de Calakmul, “cidade das duas pirâmides adjacentes”, devido a duas enormes massas que ocupam o local. As escavações no local continuam ainda hoje – as estelas com pictogramas encontradas em toda parte são uma excelente ferramenta para conhecer a história do esplendor e decadência dos maias. Calakmul também abriga frescos perfeitamente preservados que descrevem cenas da vida quotidiana, algo valioso numa arte que costumava focar-se apenas nas façanhas dos líderes. Além do espectáculo arquitectónico, a magia de Calakmul reside também na sua localização na reserva natural com o mesmo nome, a segunda maior do México, com animais e plantas deslumbrantes. É um ambiente relativamente intocado onde ainda se pode sonhar com a descoberta de uma cidade perdida.
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Vale dos Dez Picos
O Parque Nacional Banff, no Canadá, é o lugar que acolhe o Vale dos Dez Picos – um vale cercado por 10 montanhas, entre elas montes que chegam aos 3.424 metros de altura. Aos seus pés está o Lago Moraine, uma massa de água cristalina que, nos dias mais luminosos, reflecte os 10 picos na sua superfície, criando um efeito óptico mágico. Apesar do acesso fácil a este lugar, é quase impossível lá chegar entre o início de Outubro e o final de Maio, devido à ocorrência de neve – o melhor momento para o visitar é no Verão. Deve-se ter em conta que o Vale dos Dez Picos também alberga ursos pardos, pelo que é aconselhável viajar em grupos e nunca sozinho.
Mesa Verde
Tomando partido das cavidades nos penhascos que limitam o Mesa Verde, os Anasazi, ancestrais dos actuais índios Pueblo, construíram as suas pequenas cidades. Não se podem comparar, em termos de sofisticação e glamour, com as grandes cidades das antigas civilizações da América Central e do Sul, mas os habitantes do penhasco do Parque Nacional de Mesa Verde também destilam uma beleza incrível. Os Anasazi, agricultores e artesãos, viveram neste planalto densamente arborizado que se eleva acima do actual estado do Colorado, nos Estados Unidos, entre os anos 200 e 1500. Uma mudança brusca do clima e a ameaça de outras tribos são vistas como as causas da fuga para o sul, onde os seus descendentes ainda hoje vivem – os Pueblo. Nestas casas foram deixados centenas de objectos do século XIX, saqueados e vendidos pelos colonos recém-chegados em 1906. O Mesa Verde está situado na área de Four Corners, onde convergem os estados de Colorado, Arizona, Novo México e Utah. Este é o lugar perfeito para aprender mais sobre a história dos nativos norte-americanos.
Lago Retba
O Lago Retba, ou Lago Rosa, é talvez um dos fenómenos naturais mais curiosos do mundo e o seu nome deriva da cor das águas – rosa. Esta raridade é mais visível durante a estação seca (de Outubro a Junho), mas na verdade ele é sempre cor-de-rosa. Esta invulgar coloração deve-se à Dunaliella salina, uma micro alga inofensiva que segrega um pigmento avermelhado em condições de salinidade e luminosidade. O Lago Retba, a 35 Km do nordeste de Dakar, no Senegal, tem uma maior concentração de sal do Mar Morto. O lago tem três Km2 e apenas três metros de profundidade.
Lalibela
Ninguém diria que Lalibela, uma pequena cidade na região montanhosa de Amhara, na Etiópia, estava destinada a ser a nova Jerusalém. Mas o imperador Gebre Mesqel Lalibela levou o assunto muito a sério e, quando Deus lhe disse para construir no local, anteriormente conhecido como Roha, 11 igrejas que ostentassem a grandeza da cidade sagrada, por volta do século XIII, ele pôs imediatamente mãos à obra. Esculpidas no solo vermelho, cada uma das igrejas forma um monólito. Algumas delas estão ligadas por túneis ou têm acesso a grutas e criptas. A mais famosa e bem conservada é a Bete Giorgis, com a forma perfeita de uma cruz grega. Lalibela é um dos centros de peregrinação mais importantes da igreja ortodoxa etíope e atrai milhares de fiéis na celebração de Timkar, a epifania ortodoxa. O norte da Etiópia é rico em locais de culto ortodoxos – a rota histórica inclui Aksum que, além da igreja sagrada Santa Maria de Sião, tem um impressionante conjunto de obeliscos e estelas que remontam ao mítico Reino de Sabá.
Gruta oceânica To Sua
Nos confins da Terra, num lugar onde só os mais afortunados chegam, está este lugar incrível que não é mais do que um enorme buraco no chão com acesso à água do mar. To Sua significa literalmente “grande buraco”. Está localizado na ilha de Upolu, em Samoa, em plena Polinésia, no meio do Oceano Pacífico. Este paraíso terrestre consiste numa gruta oceânica com 30 metros de águas cristalinas no seu interior – em períodos de maré alta – possível de aceder através de uma pequena escada de madeira. A sua beleza reside, para além da transparência das águas, no facto de ser totalmente cercada por vegetação exuberante. A localidade mais próxima do To Sua é Lotofaga, no sul da ilha, onde estão algumas das praias mais populares de Upolu.