11 argumentos para comprar um carro eléctrico
Nos anos mais recentes, as marcas automóveis centraram-se nas questões ambientais – numa primeira fase – e de poupança para convencer os consumidores a comprar carros eléctricos. Mas há vários outros argumentos que podem ser atirados para o debate da mobilidade eléctrica – desde a revitalização de uma indústria que já conheceu melhores dias, com todo o efeito bola de neve que isso provocará na economia de um determinado país – até ao sossego citadino.
O Green Savers passou os últimos dias a elaborar uma lista não-exaustiva de razões pelas quais deveremos ter em conta comprar um carro eléctrico – ou, pelo menos, não colocar imediatamente de lado esta possibilidade. Encontrámos onze argumentos – mas facilmente poderíamos ter chegado aos 20 ou 30.
1.Variedade. Aos poucos e poucos, os veículos eléctricos começam a ter mais modelos, novas funcionalidades e grandes marcas automóveis entram neste mercado. A Volkswagen, por exemplo, lançou este Verão dois modelos, o e-Up! e o e-Golf – o primeiro está disponível a partir dos €25.700 e o segundo a partir dos €38.000. Isto deita por terra o mito de que há poucos veículos eléctricos do mercado.
2.Economia. Ainda que alguns modelos possam ser mais caros que os seus congéneres tradicionais, a verdade é que o investimento num carro eléctrico já deixou de ser de longo prazo. Agora, ele pode pagar-se em poucos anos. Por exemplo, o Volkswagen e-Up! custa €1,8 por cada 100 km, enquanto o e-Golf custa um pouco mais: €1,9 por cada 100 km. Por outro lado o IUC (Imposto Único Automóvel) está isento nos eléctricos, e a manutenção é bastante mais barata que nos veículos tradicionais. No caso das empresas, a tributação autónoma também dá uma clara vantagem para os eléctricos.
3.Autonomia. É certo que os veículos eléctricos ainda têm de evoluir muito para que sejam um carro, digamos, total, que possibilite a qualquer pessoa realizar trajectos curtos ou longos com a mesma comodidade. No entanto, a autonomia dos eléctricos tem crescido a olhos vistos. Os dois modelos da Volkswagen de que falámos recentemente têm entre 160 a 190 quilómetros de autonomia – um carro perfeito para trajectos citadinos, entre a casa e o trabalho, por exemplo, ou num curto trajecto de fim-de-semana.
4.Qualidade. A evolução dos eléctricos está agora a centrar-se na qualidade – e não na rapidez de modelos colocados no mercado. Este pormenor só tem um beneficiado: o consumidor.
5.Preço. O Volkswagen e-Up! está disponível a partir dos €25.700, um valor que seria impensável há poucos anos. A massificação das propostas dos eléctricos está a levar o seu preço para valores mais amigos dos consumidores – e isso é uma boa notícia para toda a indústria. E para o ambiente, já agora.
6.Ambiente. O primeiro grande argumento da indústria automóvel para “vender” os carros eléctricos centrava-se na sua característica de amigo do ambiente. No entanto, o argumento não colheu e é fácil perceber porquê: em plena crise económica, os consumidores mal conseguiam gerir o seu dia-a-dia, quanto mais pensar em comprar veículos que, pela sua inovação, ainda tinha preços proibitivos. Sem racionalidade económica, o ambiente de pouco vale.
7.Marketing. Finalmente, os eléctricos estão a chegar a todas as franjas da população. Há eléctricos de luxo e eléctricos para o cidadão comum, financeiramente falando. Quantos mais modelos forem colocados no mercado, mais escolha terá o consumidor e maior pujança terá o mercado. E todos ficarão a ganhar.
8.Desenvolvimento. A indústria automóvel é uma das locomotivas da economia – e Portugal sabe-o melhor que ninguém – em 2010, a produção da Autoeuropa representava 0,8% do PIB do país e 10% das exportações. Nesse mesmo ano, a empresa empregava 3.200 trabalhadores e era fornecida por 805 empresas. Uma revolução eléctrica terá também esse condão, revitalizar a economia – não só a nossa – por isso, comprar um veículo eléctrico chega a essa importantíssima vertente da sustentabilidade, a económica.
9.Investigação. À medida que novas ideias são testadas na mobilidade eléctrica – desde o carregamento dos veículos ao próprio carro – muitas das pessoas envolvidas neste processo são jovens licenciadas ou em fase de terminar os seus cursos; investigadores ou outros académicos. Investir nos veículos eléctricos é também possibilitar que milhares de jovens consigam dar os primeiros passos na sua carreira.
10.Descanso. Quando as nossas cidades forem invadida por carros eléctricos, o caro leitor nunca mais será acordado a meio da noite pelo ronronar de um ou outro motor mais potente – do ponto de vista sonoro, pelo menos – esteja ele calmamente parado no semáforo ou a acelerar pela avenida fora.
11.Imaginação. Se a autonomia é uma das questões mais valorizadas pelos automobilistas e, por isso, a sua ausência é mais criticada nos veículos eléctricos, a verdade é que as construtoras automóveis não ignoram este facto. A Volkswagen, por exemplo, desenvolveu uma parceria com a Europcar que possibilita aos proprietários de veículos eléctricos da marca alemã o aluguer de um carro com motor convencional com 20% de desconto sobre a tarifa habitual. O preço dependerá da viatura escolhida pelo cliente, mas é uma boa notícia para precisa de fazer viagens mais longas – contas feitas, não será complicado ao consumidor do eléctrico continuar a poupar com esta escolha.