2011 será Ano Europeu do Voluntariado



A União Europeia instituiu, em 2011, o Ano Europeu do Voluntariado, uma vez que o número de cidadãos actualmente envolvido em trabalho voluntário é insuficiente e é preciso promover uma cidadania mais activa com vista a alcançar os objectivos de desenvolvimento do milénio (ODM).

O voluntariado tem um papel fundamental no desenvolvimento social da Europa, pelo que o objectivo é incentivar e apoiar os esforços desenvolvidos pela comunidade, pelos 27 Estados-membros e pelas autoridades locais e regionais. Para a plataforma portuguesa das Organizações Não-Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD), devem ser criadas condições para que a sociedade civil queira fazer voluntariado.

Segundo a agência Lusa, que cita os dados do Eurobarómetro, há, actualmente, mais de cem milhões de europeus a fazerem trabalho voluntário, mas, ainda assim, é necessário um maior envolvimento por parte dos cidadãos, uma vez que as metas traçadas até 2015 estão cada vez mais difíceis de alcançar, alertam os últimos estudos das Nações Unidas (ONU).

A “Declaração de Bruxelas”, aprovada pelo Centro Europeu de Voluntariado (CEV) servirá de guia ao Ano Europeu do Voluntariado, com 43 medidas, que serão desenvolvidas por políticos, organizações de voluntários e da sociedade civil, empresas e indivíduos. As metas passam por reforçar a contribuição do voluntariado na autonomia e inclusão social das pessoas em situação de pobreza, melhorar o trabalho voluntário tornando-o num meio de inclusão mais eficaz, assegurar juridicamente que o voluntariado é um direito que chega a todos e reforçar o papel do voluntariado com vista a aumentar a empregabilidade.

Em Portugal, a Confederação Portuguesa de Voluntariado (CPV) afirma que o próximo ano servirá para fazer a «radiografia» ao número de missões voluntárias que existem e de pessoas que se dedicam a esta actividade, actualmente desconhecido. Os objectivos nacionais passam por dar mais visibilidade ao que se faz, de forma a tentar ultrapassar as principais dificuldades com que se deparam as organizações, sobretudo financeiras e logísticas.

Em 2006, três em cada dez europeus afirmaram ser voluntários activos e cerca de 80% dos inquiridos consideraram o voluntariado como uma parte importante da vida democrática na Europa. Apesar de o número ser sempre pequeno, os voluntários da União Europeia já ajudaram a baixar o número de pessoas que vive abaixo do limiar da pobreza, de 1800 para 1400 milhões, entre 1990 e 2005.Em Portugal, o Ano Europeu do Voluntariado será tutelado pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e por uma comissão de acompanhamento nomeada pelo Governo.





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