Estes são os vencedores da 27ª Edição do CineEco



O Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela acaba de anunciar os vencedores da 27ª edição. Portugal, França e Espanha foram os países com maior representação cinematográfica na Competição Oficial do CineEco, que decorreu na Casa Municipal da Cultura de Seia, de 9 a 16 de outubro. No total, foram recebidos 93 filmes de mais de 20 países.

O “Grande Prémio Ambiente – Câmara Municipal de Seia” foi este ano atribuído ao filme-documentário “Douce France”, uma obra de Geoffrey Couanon que retrata a aventura ecológica e social de um grupo de jovens estudantes sobre o polémico projeto de construção de um complexo comercial – EuropaCity – na sua terra-natal.

O “Prémio Antropologia Ambiental – Zurich Seguros” coube a “Arica”, de Lars Edman, William Johansson Kalén, um documentário sobre o chamado colonialismo tóxico e que dá a conhecer um inédito julgamento transnacional para apurar a responsabilidade de uma empresa de minério sueca, que chegou a exportar milhares de toneladas de lixo tóxico para a cidade chilena, Arica. A Menção Honrosa Longa-Metragem Internacional foi conquistada por Svetlana Rodina, com “Ostrov – Lost Island”.

Na Competição Internacional de Curtas-Metragens, a viagem de um grupo de crianças de colónias extraplanetárias rumo a uma Terra inabitável, “Flight to Earth” de Ignacio Rodó, conseguiu o “Prémio Curta-Metragem Internacional – Turistrela”. Já o “Prémio Educação Ambiental – Associação Mares Navegados” coube ao filme de animação “#fishingtheplastic”, da autoria de Marina Lobo. Nesta competição específica, o júri do CineEco 2021 atribuiu 3 Menções Honrosas aos filmes “Migrants” de Hugo Caby, Antoine Dupriez, Aubin Kubiak, Lucas Lermytte e Zoé Devise, “Acorns” de Bradley Furnish e “Centrifugadora” de Ignacio Rodó.

Na Competição de Séries e Reportagens Televisivas, o “Prémio Televisão” foi entregue ao documentário francês, “Vert de Rage, du charbon dans les poumons (Green Warriors: Coal in the Lugs)” de Martin Boudot que, juntamente com um grupo de cientistas, cidadãos e jornalistas, seguiu na busca pelas provas de contaminação do ar. A Menção Honrosa nesta categoria foi atribuída a “O lado negro do azeite” de Sandra Cóias e Pedro Rego; “Des legumes dans la ville” de Aurelien Francisco Barros e “Migradores de Longa Distância – Entre o Tejo e o Ártico” de Pedro Miguel Ferreira e Joaquim Pedro Ferreira.

Na Competição de filmes e documentários em Língua Portuguesa, o “Prémio Camacho Costa – Lipor” na categoria Longa-Metragem destinou-se ao documentário “Sobre Sonhos e liberdade” de Márcia Paraíso e Francisco Colombo. O “Prémio Curta-Metragem em Língua Portuguesa” foi conquistado por Bruno Lourenço com “Oso”, relato sobre o possível regresso do urso-pardo ao norte de Portugal e os obstáculos criados pelo Homem e pela espécie. As Menções Honrosas ficaram para “A nossa terra, o nosso altar” de André Guiomar e “A Mala” de Diogo Pereira e Angelizabel Freitas, respetivamente nas categorias de Longas-Metragens e Curtas-Metragens.

Por sua vez, Gabriel Ambrósio, conquistou o “Prémio Panorama Regional – Casa da Passarella” com a curta-metragem “Um Quadro de História” sobre a vida das abelhas e do processo de criação de mel. O “Prémio Valor da Água – Águas do Vale do Tejo” seguiu para “Living Water” de Pavel Borecký, um filme que aborda uma bomba-relógio ambiental e a história de luta entre beduínos, engenheiros e agricultores pelo “ouro azul” num dos países mais pobres em termos de recursos de água, a Jordânia.

O Júri da Juventude, composto por um painel de seis jovens, atribuiu os seguintes galardões em todas as competições: Prémio Juventude Longa-Metragem para “Ophir” de Alexandre Berman e Olivier Pollet; Menções Honrosas foram para “Douce France” de Geoffrey Couanon; “Arica” de Lars Edman e William Johansson Kalén. Prémio Juventude Curta-Metragem atribuído a “Flight To Earth” de Ignacio Rodó com as Menções Honrosas para “Acorns” de Bradley Furnish; Prémio Juventude Séries e Reportagens Televisivas para “O lado negro do azeite” de Sandra Cóias e Pedro Rego com a Menção Honrosa a seguir para “Plástico, o novo continente (episódio 1)” de Catarina Canelas; o Prémio Juventude Longa-Metragem em Língua Portuguesa para “A nossa terra, o nosso altar” de André Guiomar e Prémio para Curtas-Metragens “Para cá do Marão”, José Mazeda, com as Menções Honrosas para Curtas-Metragens em Língua Portuguesa atribuídas a “O que não se vê” de Paulo Abreu e “Alma” de Mónica Santos; para o Prémio Juventude Panorama Regional, o júri da juventude escolheu premiar “Um Quadro de História” de Gabriel Ambrósio. Nesta categoria, a Menção Honrosa coube a “O Meu Vento é o Norte” de Mariana Silveira.

A partir de Seia, cidade pequena do interior de Portugal, continuamos a construir um Festival para todos e a apostar cada vez mais na produção nacional, sem nunca esquecer o que de melhor se faz em todo mundo. O CineEco voltou a trazer à luz do dia algumas das mais prementes temáticas relacionadas com o Ambiente e já é o centro de discussão das problemáticas que assolam as comunidades e que se relacionam com as alterações climáticas; o lixo tóxico, a poluição atmosférica, a falta de água, entre outros temas“, afirma a Direção do Festival em comunicado.





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