Águas da Região de Aveiro evitou o desperdício de 5,8 mil milhões de litros de água



Em três anos, a Águas da Região de Aveiro (AdRA) conseguiu evitar o desperdício de mais de 5,8 mil milhões de litros de água, o equivalente a abastecer a região durante quatro meses. Conseguiu assim atingir, em 2021, um valor de água não faturada de apenas 20%. Trata-se de um fundamental numa época em que a água é um recurso cada vez mais escasso. Em Portugal, água que entra nas redes de abastecimento é desperdiçada, em média, 30% por ano.

A redução de perdas de água surgiu através de um Projeto de Eficiência Hídrica com a parceria da INDAQUA, iniciado em 2019, no qual se pretende poupar, até 2023, 8 milhões de metros cúbicos de água. O projeto foi implementado nos concelhos de Águeda, Albergaria-A-Velha, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos, e tem um caráter inovador a nível nacional, uma vez que aplica um modelo de remuneração por desempenho onde se partilham as poupanças efetivamente alcançadas.

Para alcançar estes resultados, a AdRA estabeleceu objetivos anuais que permitem avaliar de uma forma rigorosa evolução do projeto. Logo nos primeiros dois anos da parceria, foi alcançada uma poupança próxima dos 3.654 mil metros cúbicos de água, valor que superou em mais de 200% a meta fixada para esse período. Já no terceiro ano, as poupanças acumuladas ascenderam a 5,8 milhões de metros cúbicos de água. Significa isto que já foram eliminadas 36% das perdas de água que existiam ao longo da rede de abastecimento, garantindo que se evitou o desperdício de água suficiente para abastecer o mesmo território durante 4 meses.

“Os resultados já alcançados, neste que foi o primeiro projeto deste género a nível nacional, vêm demonstrar as virtudes dos contratos com remuneração por desempenho também na área da eficiência hídrica. Estes contratos possibilitam, com valores mínimos de investimento por parte das entidades gestoras, acelerar projetos que, de outra forma, demorariam décadas a ser implementados”, refere Pedro Perdigão, CEO do Grupo INDAQUA. “A escassez do recurso água para consumo humano atribui a esta problemática uma urgência que não se compadece com os tradicionais projetos levados a cabo de forma isolada, pelo que nos dá particular satisfação observar que em todos os projetos deste género em que estamos envolvidos em Portugal têm sido atingidos os objetivos mais cedo do que o previsto”.





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