30% das árvores de todo o mundo estão ameaçadas de extinção



O novo relatório “Estado das árvores no mundo” da Botanic Gardens Conservation International (BGCI), elaborado pela Global Tree Assessment (GTA), revela que 30% das árvores de todo o mundo estão ameaçadas de extinção.

“Há duas vezes mais espécies de árvores ameaçadas globalmente do que mamíferos, pássaros, anfíbios e répteis ameaçados juntos”, afirma a BGCI.

Ao analisar as 60 mil espécies de árvores que existem a nível global, concluiu-se que 17.510 estão ameaçadas, 4 mil estão possivelmente ameaçadas e 142 estão já extintas. Entre elas, 440 espécies estão em risco de extinção, o que implica que existem menos de 50 espécimes na natureza. A Gomortega keule, a Ginkgo biloba L., a Petenaea cordata Lundell, a Widdringtonia whytei e a Sorbus arvonensis, bem como a família Dipterocarpaceae, são algumas das mais ameaçadas de extinção. Por outro lado, mais de 24 mil árvores no mundo não se encontram ameaçadas.

Os países com maior diversidade de árvores, o Brasil, a Colômbia e a Indonésia, são igualmente os com maior número de espécies ameaçadas. Ainda assim, considerando o número de espécies existentes no seu território e o número de espécies ameaçadas, as ilhas de Santa Helena, Madagáscar e Maurícias, são onde se encontra o maior número de espécies ameaçadas; as três têm, respetivamente, 69%, 59% e 57% de espécies em risco de extinção. Em contrapartida, em Portugal existem 102 diferentes espécies de árvores, das quais 8 se encontram ameaçadas de extinção.

As principais causas que provocam este risco são a agricultura (29%), a exploração madeireira (27%), a pecuária (14%), o desenvolvimento urbano (13%), os incêndios florestais (13%), a produção de energia e mineração (9%), as plantações para celulose e madeira (6%), as espécies invasoras (5%) e as alterações climáticas (4%).

O relatório indica ainda que uma em cada cinco espécies de árvore têm uma utilidade específica para o ser humano. A mais comum é a construção, com 3.700 espécies, mas destacam-se também o ramo da medicina, com 1.900 espécies utilitárias, e a horticultura, com 1.600 espécies.





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