300 anos: é o tempo necessário para catalogar as árvores da Amazónia



A Amazónia tem a maior concentração de biodiversidade do mundo. Tida por muitos como o pulmão do mundo, esta floresta permanece um mistério, não se sabendo ao certo a quantidade de árvores que nela habitam.

O Museu de História Natural de Leiden, na Holanda, lança agora um estudo que identifica mais de 11 mil espécies de árvores neste ecossistema, afirmando que para catalogar todas as árvores da Amazónia seriam precisos 300 anos, lê-se na edição brasileira da BBC.

Foram analisadas umas impressionantes 530 mil amostras de árvores da Amazónia, algumas com data de recolha de 1707! É um território tão desconhecido pelo Homem, que os investigadores estimam que a floresta tenha mais de 16 mil espécies de árvores. Para estudar “apenas” esta parte da floresta, seriam precisos centenas de especialistas em botânica a trabalhar dia e noite, durante mais de três séculos.

“Parece-me que as nossas prioridades estão baralhadas. Gastamos milhões de dólares a procurar vida extraterrestre, mas muito menos para entender a vida e a sua distribuição no nosso próprio planeta”, comentam os autores do estudo, publicado na consagrada revista Nature.

Foto: Torrenegra / Creative Commons

 

 





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