4 alimentos que podem ser fatais se consumidos crus



Muitos pensam que os alimentos, quando ingeridos crus, serão sempre mais saudáveis. Essa afirmação é verdadeira para os vegetais – hortaliças, frutas ou legumes – mas o caso muda de figura quanto estamos a falar de frango, feijão vermelho, atum e folhas de ruibarbo, segundo o agregador O Meu Bem Estar. Saiba porquê.

1.Frango

Os norte-americanos comem mais frango do que carne de vaca ou de porco por ano. Em 2013, cada pessoa comeu cerca de 83 quilos de frango, contra 56 quilos de carne e 47 quilos de carne de porco, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

Às vezes, devido à forma como é tratado nas unidades de transformação, o frango cru contém Salmonella, um grupo de bactérias que é a causa mais comum da intoxicação alimentar. Quatro a sete dias após o consumo, a bactéria infecta o trato intestinal, causando febre, diarreia, cólicas abdominais e vómitos. Isso, no entanto, é o melhor cenário.

No ano passado, o frango de duas unidades de processamento da Foster Farms causou um surto de infecção por Salmonella Heidelberg, um tipo de bactéria resistente aos antibióticos. No total, 621 pessoas em 29 estados e em Porto Rico foram infectadas. Apesar de não terem sido registadas mortes, 38 por cento das pessoas que ficaram doentes acabaram por ser hospitalizadas, com muitas a sofrerem septicemia, uma infecção no sangue que pode causar a morte.

Procure evitar comer frango cru, certificando-se de que o cozinha a uma temperatura de 165 graus no mínimo – de forma a matar a Salmonella. Além disso, não lave o frango e use toalhas de papel cozinha.

2.Feijão-vermelho 

O feijão vermelho é nutritivo, já que contêm potássio, magnésio, fibras, ferro e proteínas. Com todos esses nutrientes, é capaz de reduzir o colesterol mau, combater as doenças cardiovasculares e aumentar a sensação de saciedade.

“Designado pela sua semelhança com a forma de um dos nossos órgãos [os rins], a cor vermelha deste tipo de feijão atesta a sua elevada concentração de antioxidantes que combatem as doenças”, disse à Time Janet bond Brill, especialista em nutrição e fitness.

Mas, acredite ou não, os feijões que saem da lata não estão crus. Eles já foram cozidos, felizmente, porque se não o fossem, muitos poderiam ficar doentes. O feijão vermelho tem elevadas concentrações de fito-hemaglutinina, uma lectina que é uma toxina natural. De acordo com a Food and Drug Administration (FDA),  agência federal norte-americana que regula o uso de medicamentos, este produto químico pode causar “náuseas “, vómitos, diarreia e dor abdominal.

Apesar da fito-hemaglutinina estar mais concentrada no feijão vermelho, também pode ser encontrada nas favas, feijão catarino e feijão verde. Opte pelas versões enlatadas para evitar qualquer dano corporal.

3 Atum

Os grandes peixes acumulam nos seus tecidos gordos o mercúrio que absorvem das suas presas, na sua forma mais tóxica (metilmercúrio). Há mares, como o Mediterrâneo, que estão muito contaminados por metal, libertado pela indústria. Mas não se pode excluir o risco que representam os peixes pescados noutros mares, pois estes tendem a ser migratórios. O mercúrio pode provocar alterações graves no desenvolvimento cerebral dos fetos e dos bebés.

Considerando-se que o atum pode chegar a 4,5 metros de comprimento e pesar mais de 740 quilos, isto pode significar elevado teor de mercúrio. É comum encontrar atum no sushi e, especialmente, nas lancheiras das crianças, já que fornece ácidos gordos ómega-3 essenciais ao organismo, que contribuem para a saúde do coração.

Independentemente de saber se o atum é enlatado ou se está no estado cru, é importante saber que contém mercúrio e que consumir muito deste alimento pode causar intoxicação por mercúrio. Os sintomas geralmente são pressão arterial elevada, endometriose e dores de cabeça, assim como espasmos musculares, perda de coordenação, fraqueza, atrofia muscular e função cognitiva prejudicada.

A Agência de Protecção Ambiental norte-americana (EPA, na sigla em inglês) sugere comer apenas 300 gramas por semana de uma variedade de peixe e crustáceos, como o camarão, atum enlatado, salmão e peixe-gato, que contêm níveis mais baixos de mercúrio. O atum tem um sabor delicioso e é um alimento bastante saudável, mas é importante moderar o seu consumo para evitar envenenar-se a sério.

4.Folhas de ruibarbo

Nos Estados Unidos, muitas pessoas cultivam ruibarbo nos seus jardins, porque os talos da planta, quando cozidas com açúcar tornam-se numa deliciosa sobremesa ou recheio para tortas ou bolos. Mas as folhas desta planta podem deixar-nos doentes.

As folhas contêm níveis elevados de ácido oxálico, que também podem ser encontrados na lixívia e nos pesticidas. Os sintomas de envenenamento por ingestão de ácido oxálico incluem náuseas, vómitos, dores abdominais e hemorragia e pode levar à morte, de acordo com o National Institutes of Health.

Opte por retirar as folhas e consumir o ruibarbo de forma segura. Mas se o ruibarbo tiver sido sujeito a temperaturas negativas, é melhor deitar tudo fora – o frio provoca reacções químicas no interior da planta, libertando toxinas nos talo.

Foto: dominik18s / Creative Commons





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