50 investigadores juntam-se para conhecer o mar de Cascais, Sintra e Mafra



Os Municípios de Cascais, Mafra e Sintra, em parceria com a Fundação Oceano Azul e o Governo Português, estão a realizar uma expedição científica no mar contíguo a estes territórios, a bordo do navio Santa Maria Manuela, que envolve 50 investigadores e decorre de 1 a 12 de outubro.

Esta expedição “permitirá dar início a um imprescindível levantamento dos valores naturais da região e fornecerá uma avaliação global da sua biodiversidade marinha” e conta com o envolvimento fundamental de instituições científicas como o MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (polos ISPA, IPLeiria, ULisboa, UÉvora e Madeira), o CCMAR – Centro de Ciências do Mar, o CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, a SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, o IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera e o IH – Instituto Hidrográfico, lê-se em comunicado publicado no Facebook da autarquia de Mafra.

Segundo a mesma fonte, ao longo de duas semanas, esta expedição, liderada por Emanuel Gonçalves, responsável científico e administrador da Fundação Oceano Azul, e Henrique Cabral, biólogo e investigador no Institut National de Recherche pour l’Agriculture, l’Alimentation et l’Environnement (INRAE), recolherá informação, amostras e imagens para a caracterização da biodiversidade e habitats marinhos da zona.

Com recurso a mergulho científico e a várias tecnologias como drones, sistemas de câmaras de vídeo subaquáticos iscadas (BRUV – Baited Remote Underwater Video) e um ROV (Remotely Operated Vehicle), “será possível aceder a zonas que, até hoje, têm sido muito pouco estudadas. Adicionalmente, será caracterizada, em terra, a biodiversidade da zona entre marés (zona intertidal)”, sublinha a autarquia.
Com os dados e imagens recolhidos, será produzido um relatório científico, que “contribuirá para o diagnóstico do estado de saúde e valor científico e ecológico desta região do país”. Utilizando essa informação, “será possível proteger e gerir de forma sustentável os valores naturais e recursos marinhos”, explica a mesma fonte.
A par do relatório científico, será produzido também um documentário da expedição.

 





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