80% dos jovens portugueses consideram importante que um potencial futuro empregador dê prioridade à sustentabilidade



80 % dos portugueses dos 20 aos 29 anos consideram a estratégia de sustentabilidade do seu potencial futuro empregador “importante” na escolha de emprego (22 % consideram-na mesmo uma prioridade máxima), revela a segunda parte do Inquérito do BEI sobre o Clima 2022-2023.

Segundo a mesma fonte, a guerra na Ucrânia e as suas consequências, incluindo o agravamento dos preços da energia e a inflação, “aumentaram dramaticamente as preocupações com a deterioração do poder de compra em Portugal”. No entanto, de acordo com as respostas ao inquérito, as alterações climáticas “continuam a ser um dos três principais desafios do país”. Além disso, três quartos dos inquiridos (86 %, ou seja, 14 pontos percentuais acima da média da UE) declaram estar convencidos de que o seu próprio comportamento “pode fazer a diferença na resposta à emergência climática”.

Para muitos, o governo tem um papel a desempenhar no incentivo à mudança dos comportamentos individuais. A grande maioria dos portugueses (84 %) é favorável a medidas governamentais mais rigorosas que obriguem as pessoas a alterar o seu comportamento para combater as alterações climáticas.

A escolha de um novo emprego

À medida que as novas gerações vão ingressando no mercado de trabalho todos os anos, as considerações climáticas “ganham peso na hora de escolher um empregador”. A maioria da população (75 %) já considera importante que um potencial futuro empregador dê prioridade à sustentabilidade. Para 20 % dos inquiridos, esse aspeto constitui mesmo uma prioridade de topo. Esta maioria é comum a todos os níveis de rendimento. Dos inquiridos entre os 20 e os 29 anos – geralmente aqueles que procuram o primeiro emprego – mais de três quartos (80%) afirmam que a sustentabilidade é um fator importante na sua escolha e 22 % consideram-na mesmo uma prioridade de topo.

Limitar o compra de bens e serviços com uma elevada pegada de carbono

A maioria dos inquiridos portugueses (68 %) declara-se favorável a um sistema de orçamentos de carbono que atribua a cada indivíduo um número fixo de créditos anuais para gastar em bens e serviços com uma elevada pegada de carbono (bens não essenciais, viagens aéreas, carne, etc.). Esta opinião é partilhada pelos participantes italianos quase na mesma proporção (64 %), ao passo que apenas 57 % dos participantes franceses e 59 % dos inquiridos espanhóis seriam a favor de um sistema deste tipo.

“Importa salientar que a maioria dos inquiridos portugueses é favorável a esta medida, independentemente do rendimento auferido (71 % dos inquiridos de rendimentos mais baixos, 69 % dos de classe média e mais de 66 % dos inquiridos de rendimentos elevados)”, sublinha o BEI.

67 % dos portugueses dispostos a pagar mais por alimentos produzidos localmente e de forma mais sustentável

A produção de alimentos é responsável por uma parcela significativa das emissões de gases com efeito de estufa. Para ajudar as pessoas a fazer escolhas mais sustentáveis nas compras de supermercado, 90 % dos portugueses são a favor da rotulagem de todos os produtos alimentares a fim de identificar a respetiva pegada climática. Esta maioria está 6 pontos percentuais acima da taxa de Espanha (84 %) e 7 pontos percentuais acima da taxa da França (83 %).

Além disso, 67 % dos portugueses declaram-se dispostos a pagar um pouco mais por alimentos produzidos localmente e de forma mais sustentável (percentagem semelhante à dos espanhóis, com 66 %, mas 7 pontos percentuais acima da dos franceses, com 60 %). Esta disponibilidade para pagar mais pelos alimentos é comum a todas as categorias de rendimento.

Reduzir o consumo de carne e laticínios seria outra forma eficaz de limitar as emissões de gases com efeito de estufa. A maioria dos portugueses (57 %) seria favorável a uma limitação da quantidade de carne e laticínios que as pessoas podem comprar (11 pontos percentuais abaixo dos italianos, com 68 %, mas 7 pontos percentuais acima dos espanhóis, com 50 %).

Nas palavras de Ricardo Mourinho Félix, vice-presidente do BEI: “Os resultados do Inquérito do BEI sobre o Clima demonstram que os portugueses estão mais do que dispostos a ajudar a combater as alterações climáticas a nível individual. Como Banco do Clima da UE, congratulamo-nos com este compromisso. Faz parte da nossa missão capacitar as pessoas para o combate à crise climática. Desempenhamos essa missão financiando serviços verdes, como sejam os transportes sustentáveis, as energias renováveis e os edifícios energeticamente eficientes. Continuaremos a apoiar projetos e iniciativas que acelerem a transição verde e a procurar formas inovadoras de contribuir para um futuro próspero que não deixe ninguém para trás”.

 

 





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