928 milhões de toneladas de CO2 libertadas com o Campeonato do Mundo de Futebol do Qatar

De acordo com um estudo elaborado pelo TradingPedia, o Campeonato do Mundo de Futebol “não é neutro em carbono”, já que 928 milhões de toneladas de CO2 foram libertadas para a atmosfera como consequência do “enorme” investimento de 220 mil milhões de dólares do Qatar.

Para esta estimativa, explicam, “não levámos em conta as emissões relacionadas com o torneio, tais como viagens aéreas, alojamento, ou operações de estádio. Em vez disso, apenas analisámos o investimento mais amplo que o país fez ao longo da última década para se preparar para o Campeonato do Mundo e os barris de petróleo que precisava de vender para o pagar”.

Assim, com base no preço médio que o Qatar cobrou por um barril de crude nos últimos dez anos, calcularam que “teve de vender aproximadamente 3 mil milhões de barris para cobrir as suas enormes despesas”. “Para cobrir o investimento de 220 mil milhões de dólares do Campeonato do Mundo, o Qatar teve de vender 3 mil milhões de barris de petróleo ou 11% da sua reserva petrolífera comprovada”, sublinha o estudo.

Segundo a mesma fonte, o Qatar demorou mais de 4 anos a produzir a quantidade de petróleo necessária, sendo que as emissões de CO2 associadas a esta produção “são equivalentes a 201 milhões de automóveis que libertam CO2 durante cerca de 1 ano” e “às emissões produzidas pela indústria de transportes internacionais durante quase 1 ano”.

Consulte aqui o relatório completo.