Declínio das populações de abelhas pode estar a ser causado pela contaminação de alumínio
O declínio das populações de abelhas pode estar a ser causado pela contaminação de alumínio, cuja ingestão causa nos animais uma demência semelhante aos efeitos provocados pelo Alzheimer nos humanos. A conclusão é de um novo estudo, que encontrou níveis de contaminação de alumínio nas abelhas que conseguiriam provocar lesões cerebrais nos humanos.
As abelhas dependem dos seus pequenos cérebros para voarem de flor em flor para recolherem o pólen e néctar de que se alimentam. O estudo, que envolveu cientistas das universidades de Keele e Sussex, no Reino Unido, centrou-se nos níveis de alumínio das larvas de abelha. Os investigadores encontrado níveis de contaminação nas pequenas larvas entre 13 e 200 partes por milhão, escreve o Daily Mail.
Tais níveis de contaminação são extremamente elevados – apenas três partes por milhão seria o suficiente para provocar lesões no tecido cerebral humano. Investigações anteriores revelam que quando as abelhas procuram o néctar das flores não conseguem distinguir e evitar o que contém alumínio.
As larvas de abelha utilizadas na investigação foram recolhidas pelos investigadores da Universidade do Sussex, que as enviaram para a Universidade de Keele para que a sua contaminação de alumínio fosse determinada. Até agora pensava-se que os resíduos de pesticidas eram a principal causa do declínio das abelhas. Porém, os investigadores sugerem que também esta contaminação por alumínio está a contribuir para o colapso das populações.
A investigação foi publicada na revista científica Public Library of Science One.
Foto: tom.junga / Creative Commons