Artista norte-americano transforma esqueletos de golfinhos extintos em arte macabra (com FOTOS)



O artista Jonathan Latiano montou uma exposição dedicada ao erro humano e, mais precisamente, à forma como os humanos lidam com a caça ilegal, poluição e extinção animal.

A exposição recria os esqueletos do golfinho-lacustre-chinês – ou baiji, golfinho-branco e golfinho do Yang-Tsé –, uma espécie que se encontra perto da extinção e que podia ser encontrada no rio Yang-Tsé, na China.

De ideologia macabra, as instalações são feitas de madeira que foi recolhida pelo próprio Latiano em acções de limpeza de mar, rios, lagos ou praias. Ele limpou e clareou a madeira, antes de a talhar em forma de ossos de golfinho. “Tentei ser o mais realista possível em relação à anatomia dos baiji”, explicou Latiano à BmoreArt. “Todo o processo de construção tentou compreender melhor e conversar com a criatura, numa altura em que esse diálogo já não é fisicamente uma opção”.

Segundo o Inhabitat, os esqueletos encontram-se suspensos num arco que parece elevar-se do meio de uma pilha de madeira, num canto da sala, e voam para o outro lado, brilhando. A exposição pôde ser vista no Baltimore Museum of Art.

Em 2006, uma expedição declarou o golfinho-lacustre-chinês funcionalmente extinto. Ou seja, ainda que ainda existam alguns indivíduos, os números são tão pequenos para a população ser auto-sustentável.

A extinção deste animal é atribuída à industrialização e uso excessivo do rio Yang-tzé para pesca, trânsito de barcos e infra-estruturas hidroeléctricas.

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