Por que razão os romanos tinham os dentes tão saudáveis?
Recentemente, os investigadores contratados pelo Archaelogical Superintendence of Pompeii para analisar, via tomografia axial computorizada (TAC), cerca de 30 habitantes de Pompeia que ficaram “preservados” pela cinza depois da erupção do Monte Vesúvio, em 79, descobriram que estes indivíduos tinham “dentes perfeitos e não tinham necessidade imediata de visitarem um dentista”.
Segundo a Agenzia Giornalistica Italia, que citou o líder do grupo, o radiologista Giovanni Babino, apesar dos cidadãos de Pompeia não terem acesos a pasta dentífrica ou escovas de dentes, eles tinham os dentes saudáveis graças à sua dieta sem açúcar.
“[Tinham] uma dieta balançada e saudável, igual à que hoje chamados do dieta mediterrânica”, explicou ao Telegraph o responsável pelo local, Massimo Osanna. “Eles comiam muita fruta e vegetais, mas com pouco açúcar”, revelou, por seu lado, a ortodôntica Elisa Vanacore, que superintendeu a examinação dos dentes. “Comiam melhor que nós e tinham dentes realmente em bom estado”.
Estudar os dentes dos seus habitantes é importante, uma vez que revela novos dados sobre esta civilização abruptamente desaparecida. Eles podem ajudar a determinar a idade das pessoas, por exemplo, sexo, dieta, doenças e classificação social.
Segundo o Quartz, porém, há um outro grupo histórico com dentes mais saudáveis que os nossos: os Tudor. Apesar da rainha Isabel I ter os seus dentes em péssimo estado – podres – a maior dos primeiros Tudor tinham dentes saudáveis, uma vez mais devido à falta de açúcar na sua dieta.
Quando a produção de açúcar se tornou comum em Espanha, França e Holanda, no século XVII, os preços caírem e o açúcar tornou-se comum nas dietas europeias. E, claro, os dentes começaram a apodrecer.
Foto: David Shankbone / Creative Commons