Roménia empenhada em salvar as últimas florestas imunes ao impacto humano na Europa
As florestas da Roménia estão em perigo. A desflorestação, legal e ilegal, tem tido enorme impacto nas áreas florestais do país. Numa tentativa de impedir um agravamento desta situação, as autoridades locais juntaram-se a várias organizações não-governamentais nacionais e internacionais, entre elas a Greenpeace. A iniciativa partiu das entidades oficiais e quer mapear as áreas arborizadas do país, numa espécie de base de dados que garanta a devida protecção às zonas protegidas.
A exploração de madeira, legal ou ilegal, devastou as florestas do país na última década, mas as entidades locais acreditam que ainda vão a tempo de preservar algumas zonas selvagens, até agora imunes à presença humana.
As estimativas apontam que a base de dados agora a ser criada estará concluída e publicada nos meios digitais nos próximos seis meses. Em simultâneo, acredita-se que há fortes possibilidades que várias faias nas praias da Roménia possam ser consideradas Património Mundial da Unesco, protegendo-se assim ainda mais a zona.
Valentin Salageanu, coordenador do Greenpeace para a floresta na Europa Central e Oriental, estima que cerca de metade dos 250 mil hectares de florestas do país tenham sido destruídos desde 2005. “Muitos destes terrenos foram destruídos nos últimos dez anos, como resultado da desflorestação legal e ilegal”, conta o coordenador à Reuters.
Além do mapeamento da área, o ministério do ambiente romeno anunciou também o reforço da presença de guardas florestais pelo país e aumentou as multas para o corte, transporte e comércio de madeira. As autoridades oficiais têm igualmente incentivado os moradores locais a usarem a app “Inspector da Floresta”, numa partilha directa e imediata de qualquer actividade suspeita no terreno.
Foto: Reuters