Refugiados: ONU classificou 2016 como o ano mais mortífero de sempre



Com base nos números já conhecidos, a ONU classificou 2016 como o ano mais mortífero de sempre para os refugiados que tentaram a sua sorte atravessando o Mediterrâneo. As estatísticas indicam que este ano registou-se uma morte por cada 88 pessoas que chegaram às praias da Europa.

O Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) revelou em relatório onde indica que pelo menos 3 740 refugiados morreram este ano ao tentarem atravessar as águas do Mediterrâneo, ou seja, mais 565 do que em igual período do ano passado.

Segundo o ACNUR, em 2015, por cada 269 pessoas chegadas à Europa uma delas morria durante a travessia, mas este ano a situação ganhou contornos ainda mais dramáticos. Por cada 887 pessoas bem sucedidas na travessia do Mediterrâneo, uma perdeu a vida.

A rota Líbia-Itália foi apontada pela ONU como a mais perigosa (e a mais longa), contribuindo para as estatísticas com o maior número de óbitos. Apesar do perigo que representa, mais de metade das tentativas de entrar na Europa foram feitas por esta via. Nesta travessia, segundo o ACNUR, morreu uma em cada 47 pessoas.

Com base nestes factos a ONU voltou a apelar aos países europeus para facilitar a emigração legal destas pessoas, a melhor forma de desencorajar estas viagens de alto risco.

Foto: Reuters

 





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