Moçambique: vida selvagem do Parque da Gorongosa continua a aumentar



A recuperação da vida selvagem no Parque Nacional da Gorongosa continua a registar níveis positivos, depois de anos a ser dizimada pela guerra civil em Moçambique. A contagem feita entre 18 e 31 de Outubro de 2016 registou 78.627 animais de 19 espécies diferentes, um número superior ao registado em 2014 em que cerca de 70 mil animais viviam neste parque.

Apesar da seca na zona nos últimos dois anos, com impacto significativo em várias espécies, os responsáveis pelo Parque Nacional da Gorongosa consideram que a “recuperação da vida selvagem continua a progredir bem”.

Como animal dominante neste parque surge o inhacoso (um grande antílope também conhecido como piva), com cerca de 45 mil animais desta espécie a viver na zona, mais 10 mil do que em 2014.

As populações de impala, com 4705 animais, de inhala com 1299 espécimes, e de cudu com 1466 tiveram subidas substancias, com os números de cada uma desta espécies a aumentar nos últimos dois anos. Também a população de pala-pala, de elefantes e búfalos aumentaram os seus números, apesar de um pouco abaixo das expectativas.

As espécies mais pequenas, caso da imbabala, o porco do mato o chango, o oribi e o facocero, foram menos afectadas pelos efeitos da intensa seca, em parte devido aos seus hábitos mais selectivos de alimentação.

De fora desta contagem ficam os elefantes, pela dificuldade de observação por via área, mas as estimativas indicam que há cerca de 80 indivíduos a habitar no local.

Segundo dados oficiais, durante os 16 anos de guerra civil em Moçambique o Parque Nacional da Gorongosa perdeu 95% dos seus animais. Só mais tarde, em 2007, e depois de o estado moçambicano assinar um contracto de gestão conjunta com a fundação do filantropo norte-americano Gregory Carr, se registaram assinaláveis níveis de recuperação.

Foto: Bruno Miranda1 / via Creative Commons

 





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