Japão: smartphones usados vão ser transformados em medalhas olímpicas
Em 2020 o Japão acolhe mais uma edição dos Jogos Olímpicos. A construção das infra-estruturas olímpicas já decorre há algum tempo, mas há um detalhe que preocupa as entidades nipónicas: a fundição das medalhas olímpicas.
Para a criação das 5 mil medalhas a distribuir pelos atletas olímpicos e paralímpicos participantes na edição de 2020, as entidades japonesas irão precisar de cerca de oito toneladas de metal.
Preocupados com o ambiente e como forma de incentivar a reciclagem de materiais, o comité responsável pela organização do evento vai lançar já no inicio de Abril uma recolha de dispositivos usados que podem ser transformados em materiais para a elaboração das medalhas.
Computadores, smartphones e outros dispositivos electrónicos são apenas alguns dos dispositivos que podem ser entregues em Tóquio, capital japonesa.
O ginasta japonês Kohei Uchimura, vencedor de uma medalha de ouro individual e por equipa na edição olímpica Rio 2016, junta-se a esta campanha que respeita o ambiente e aumenta a consciencialização sobre os resíduos. “Os computadores e os telefones inteligentes tornaram-se ferramentas úteis. No entanto, creio que é um desperdício deitar fora dispositivos de cada vez que há um avanço tecnológico e surgem novos modelos”, disse o ginasta em comunicado.
Esta não é a primeira vez que dispositivos electrónicos são reutilizados para o fabrico de medalhas olímpicas. Nos Jogos Olímpicos de Vancouver 2010 as medalhas atribuídas eram na totalidade recicladas, e também nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 metais reciclados foram usados no fabrico parcial das medalhas de ouro e bronze.
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