Os postos militares fronteiriços desactivados da Europa
A crise dos refugiados veio recolocar o tema da livre circulação de pessoas entre os países signatários do Acordo de Schengen, em 1997, na ordem do dia. Este mediatismo ajudou o fotógrafo polaco Josef Schulz a promover a sua série de imagens de postos militares fronteiriços do Velho Continente, Ubergang, que explora o abandono destas infra-estruturas, em tempos, austeras.
Schultz percorre dezenas de locais europeus à procura destes postos em situações climatéricas que ajudassem a integrar o seu actual estado na paisagem: o nevoeiro, a chuva e a pouca visibilidade.
Hoje, explica o Creative Boom, estes postos não pertencem a ninguém, limitando-se a permanecer sem qualquer tipo de reabilitação, a gerir a sua decadência e a fundir passado e presente.
“Embora as polícias fronteiriças há muito tenham desaparecidas e os edifícios, eles próprios, se encontrem indefesos, eles ainda nos provocam um sentimento de incerteza, o resultado das más memórias de um passado que dividiu a Europa”, continua o site. “As fronteiras eram linhas desenhadas não só entre territórios, mas também nas nossas cabeças”, conclui Josef Schulz.
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