Lisboa: rede partilhada de bicicletas sem data para avançar



A notícia foi dada com pompa e circunstância no início do ano: Lisboa ia avançar com uma rede partilhada de bicicletas a inaugurar em Junho de 2017, um projecto pioneiro na melhoria da mobilidade na capital. Vários meses depois a iniciativa continua em águas de bacalhau, com a EMEL- Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa a informar hoje que ainda não há data prevista para o arranque da rede.

Segundo a empresa municipal, “a instalação de infra-estruturas está a ser feita para a fase de teste, no Parque das Nações, mas, dado o número de entidades envolvidas em todo o processo técnico e os prazos que cada uma delas demora para concluir a sua parte, ainda não fecharam o calendário.”

Em Fevereiro, tal como noticiámos aqui, a empresa municipal emitiu um comunicado anunciando que procurava voluntários para testar a rede de bicicletas a ser instalada no Parque das Nações. O problema? A instalação da rede, que serviria para testar o projecto, ainda não está instalada, não havendo ainda uma data de previsão para o arranque da obra.

Para a criação da rede partilhada de bicicletas, os números anunciados tinham deixado os apaixonados por duas rodas com água na boca, com 1410 bicicletas, 940 eléctricas e 470 convencionais a ganharem espaço na capital. Os planos indicavam que estariam presentes em 140 estações: 92 no planalto central da cidade, 27 na baixa e frente ribeirinha, 15 no Parque das Nações e seis no eixo entre as Avenidas Fontes Pereira de Melo e da Liberdade. Um investimento de aproximadamente 23 milhões de euros que, sabe-se hoje, não dará frutos no prazo inicialmente previsto.

Informações avançadas aquando a divulgação do projecto indicavam preços na ordem dos 36 euros para o passe anual nesta rede de bicicletas partilhada, dez euros para o bilhete diário, e ainda a possibilidade de alugar uma bicicleta para fins publicitários por 350euros.

Foto: via Creative Commons 





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