A camada de ozono pode estar de novo em perigo
Um grupo de cientistas descobriu que as tempestades de verão na região central dos Estados Unidos podem estar a diminuir a camada de ozono, colocando de novo os humanos em risco de exposição à radiação ultravioleta. E como esse tipo de tempestades se estão a tornar cada vez mais frequentes, devido ao aquecimento global, o problema tenderá a gravar-se.
A verdade é que o esforço concertado da comunidade internacional consegui praticamente “fechar” o buraco de ozono sobre a Antártida, no que é visto como um exemplo perfeito de como se podem reverter algumas das más situações provocadas pela acção humana. Mas, infelizmente, se um fecha outro poderá estar a abrir-se e desta vez num lugar inesperado. Sempre se pensou que tal buraco só podia ter origem mediante condições muito específicas, e que essas apenas se verificam nos pólos. É precisamente essa crença que o estudo, publicado nos Proceedings of the National Academy of Sciences e liderado pelo professor James Anderson, vem desmentir: Não só essas condições podem existir noutras zonas, como poderemos estar perante a abertura de outro buraco, e desta vez sobre os Estados Unidos!
A mesma ideia já tinha sido avançada antes, mas foi sempre acolhida com algum cepticismo por parte da comunidade científica, o que não é o caso das provas apresentadas agora pelo professor Anderson, químico atmosférico na Universidade de Harvard. Para já conta com um apoiante de peso: Mario Molina, prémio Nobel em 1995 precisamente pela co-descoberta da ameaça original à camada de ozono. “Estes desenvolvimentos não tinham sido previstos antes, e representam uma alteração muito importante na análise do risco provocado por um aumento da radiação ultravioleta sobre a região central dos Estados Unidos” terá dito em comunicado citado pelo The Washington Post.
E agora, quão laranja ficará o Presidente Trump?