Castro Verde foi classificado como Reserva da Biosfera pela UNESCO



O concelho de Castro Verde foi inscrito na Rede Mundial de Reservas da Biosfera da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), refere a Câmara de Castro Verde, num comunicado enviado à agência Lusa. Com a classificação conseguida, o concelho torna-se na 11.ª Reserva da Biosfera de Portugal e a primeira a sul do rio Tejo.

A decisão foi tomada esta quarta-feira na sede da UNESCO, em Paris, na 29.ª sessão do Conselho Internacional de Coordenação do Programa “O Homem e a Biosfera” (“Man and the Biosphere” – MaB) que se encontra reunido durante toda a semana na capital francesa.

Para a Câmara de Castro Verde, “o galardão da UNESCO é sinónimo de diferenciação pela qualidade e pela excelência e confere todo um potencial de divulgação e visibilidade mundial” ao concelho. A candidatura tinha sido promovida pelo município, pela Associação de Agricultores do Campo Branco e pela Liga para a Protecção da Natureza, e entregue na UNESCO em Setembro de 2016, após ter merecido o parecer positivo do Comité Nacional do programa MaB e a subscrição do Estado Português.

Segundo a Lusa, a autarquia justifica o sucesso pelo facto de o concelho de Castro Verde ser “um ecossistema humanizado de alto valor natural, fruto de um trabalho contínuo de há várias décadas”. O que permitiu obter “resultados ao nível da preservação da biodiversidade e dos valores naturais, culturais e paisagísticos, que conferem ao concelho uma diversidade única e específica” e tem “visado encontrar formas de valorizar, incrementar e divulgar o território, contribuindo para o desenvolvimento local”.

A secretária de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, Célia Ramos, também já reagiu manifestando “grande regozijo e contentamento” pela decisão e por se tratar de mais um “reconhecimento internacional dos valores naturais e culturais” do país. A secretária de Estado salienta também o facto da classificação permitir a Castro Verde candidatar-se ao projecto EEA Grants, que ascende a 3,3 milhões de euros, para financiar projectos de tratamento dos habitats, para a comunicação interna e externa e para a sensibilização.

Na Rede Mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO já estão inscritas 11 reservas portuguesas: Paul do Boquilobo, ilhas do Corvo, da Graciosa e das Flores e Fajãs de S. Jorge (Açores), Berlengas (Peniche), Santana (Madeira), as reservas transfronteiriças do Gerês – Xurés, da Meseta Ibérica e do Tejo/Tajo Internacional (Portugal/Espanha) e, agora, Castro Verde.

Foto: Creative Commons





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