E em 2050, o que é que se come aqui?



Na segunda-feira passada, especialistas mundiais nas mais variadas áreas da alimentação e investigação reuniram-se no Basque Culinary Center (BCC), em San Sebastian, para participar no primeiro encontro do Project Gastronomia, uma iniciativa que procura cruzar conhecimentos da IoT (internet das coisas), da biotecnologia, da agricultura e da alta gastronomia. Todos juntos para pensar num melhor futuro para a gastronomia e para o nosso sistema alimentar. E algumas das ideias debates são deveras interessantes:

Para os chefs – e o BCC foi fundado por conjunto impressionante de nomes da gastronomia basca: Juan Mari Arzak, Pedro Subijana, Martin Berasategui ou Andoni Luis Aduriz, entre outros –, os agricultores serão cada vez mais importantes, e vão substituí-los em fama, as próximas grandes estrelas da alimentação. As duas especialistas do MIT em Open Agriculture, presentes no evento, concordam com eles, dizendo que esta será no futuro uma actividade muito mais atractiva e sedutora. Mas dizem também que a próxima estrela pode ser você, e a sua vizinha, e o seu vizinho… Ou seja, defendem que a população vai mesmo produzir, pelo menos em parte, os alimentos que consome. E que a economia de partilha será fundamental, formando-se comunidades e alargando o leque de alimentos à disposição. Se não percebe nada de agricultura não se preocupe, porque vai passar a perceber, além de que seremos ajudados por robots, que optimizam a produção.

Quem não terá uma vida fácil será a carne de vaca. Afinal, para cada quilo deste alimento, são necessários outros dez para o animal. À medida que que a população cresce, em quantidade e poder aquisitivo, este tipo de desperdício simplesmente deixa de ser comportável. A solução passa por bifes de soja, mas exactamente iguais em sabor e textura aos melhores de vaca, tal como a universidade de Wagenigen, nos Países Baixos está desenvolver, recorrendo à nanotecnologia. A alternativa são os insectos, que consomem apenas um quilo, por cada quilo produzido.

Foram muitas mais novidades, naturalmente, e este vídeo produzido pelo jornal espanhol El País, vale a pena ser visto:  





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