Prevenir não custa, os incêndios sim!
Para a Quercus e a Acréscimo (Associação de Promoção ao Investimento Florestal) “é inadmissível que ano após ano exista cada vez mais investimento em combate aos incêndios do que na prevenção dos mesmos” As duas associações apelam por isso a que se realize um maior “investimento na prevenção e ordenamento florestal” e se apliquem “sanções para os municípios que não cumpram a legislação de Defesa da Floresta Contra Incêndios”.
Até porque as duas associações foram fazer as contas aos custos anuais da prevenção e chegaram à conclusão que rondam os 165 milhões de euros, valor muito abaixo dos prejuízos anuais causados à economia portuguesa que estão avaliados em mil milhões de euros. Exacto, 165 milhões para mil milhões. São custos estimados em média por um grupo de 21 personalidades, entre os quais um ex-Presidente da República, ex-ministros e ex-secretários de Estado, bem como por economistas e agrónomos conceituados. Num ano como este o valor será ainda superior. E isto sem contar com o valor (incalculável) em perdas humanas, nem associando os encargos ambientais e sociais, como a “delapidação de recursos naturais, com destaque para o solo, a depreciação do território, com impacto na paisagem e no turismo rural, e com os prejuízos para a saúde pública, decorrentes do aumento da poluição para a atmosfera e para o meio aquático.”
É pois necessário e urgente mais investimento na prevenção e ordenamento florestal, de modo a inverter esta situação. Basta fazer as contas, como diria um político nacional.
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