“A reforma da floresta tem de ser feita em função do interior do país”
Bióloga, professora na Universidade de Coimbra, ex-deputada e coordenadora da Unidade de Missão para a Valorização do Interior, Helena Freitas veio a público alertar para a necessidade de pôr os interesses do interior do País no centro da reforma florestal.
“Sem investimento no interior não haverá reforma florestal”, antecipou Helena Freitas à Lusa. Preocupada com dificuldades orgânicas reconhecidas como a “dificuldade” que em regra os “ministérios têm em interagir” esta professora universitária acredita que a reforma florestal “só será viável se todos os partidos políticos perceberem que este é um problema do país”.
Familiarizada com os problemas do interior, nomeadamente enquanto coordenadora da Unidade de Missão para a Valorização do Interior”, entre Março de 2016 e Julho de 2017, Helena Freitas pergunta: “A reforma florestal é para servir a quem?”
Como bióloga está convicta que enquanto essa pergunta não for respondida, “não há reforma possível” e, entretanto, aponta falhas no que já veio a público sobre planos de reforma para a floresta. Diz a ex-deputada que em todos os estudos e análises que consultou “não há um único capítulo dirigido aos rios, à água”. Só que, também neste plano a floresta tem de ser encarada como parte de um conjunto, salienta.
Foto: Domingos Moreira / flickr