Dia Mundial da Vida Selvagem: há mais de 24 mil espécies ameaçadas
No dia Mundial da Vida Selvagem é importante fazer uma análise aos últimos dados da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), que dão conta que existem 24.307 espécies ameaçadas, das quais 5.210 estão classificadas como “Criticamente Ameaçadas”.
Qual a origem do Dia Mundial da Vida Selvagem? A 20 de Dezembro de 2013, na sua 68ª sessão, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 3 de Março, o dia da assinatura da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas (CITES), como Dia Mundial da Vida Selvagem para celebrar os animais e plantas selvagens de todo o mundo. O Dia Mundial da Vida Selvagem tornou-se o evento anual mundial mais importante dedicado à vida selvagem, lembra a Quercus em comunicado.
Os alertas já foram lançados e se não mudarmos o rumo da história a Vida Selvagem mundial pode sofrer uma redução de 67%, num período de apenas 50 anos, que termina no final desta década, devido às actividades humanas.
“A produção de matérias-primas agrícolas e florestais e a produção de energia são as principais causas da destruição e fragmentação dos habitats naturais provocando a diminuição das populações de animais selvagens, sua erosão genética e muitas vezes, extinção da espécie”, alerta esta associação.
Mas há mais. A agricultura ocupa cerca de um terço da área total da Terra sendo responsável por cerca de 70 % do uso da água. Além disso, o tráfico animal representa uma das maiores ameaças à vida selvagem e à biodiversidade, estando referenciado como umas das maiores actividades transfronteiriças de crime organizado.
Este ano, o Dia Mundial da Vida Selvagem é dedicado ao tema Grandes Felinos- Predadores Ameaçados, e pretende realçar os problemas que os felinos (Chita, Jaguar, Leopardo, Leão, Puma, Tigre e o Leopardo-da-Neve) enfrentam na actualidade, como consequência da perda de habitat, escassez de presas, conflitos com a população, caça ilegal e ainda comércio ilegal.
Em Portugal, espécies como a salamandra lusitânica, a tartaruga-marinha-comum, o lobo-ibérico, a foca monge e o saramugo estão entre as espécies mais ameaçadas.
Foto: jose ramon ureta tuñon / flickr