Greve Climática Estudantil cancelada passa para o digital
O movimento surgiu em 2018 com a jovem sueca Greta Thunberg, e depressa se tornou um movimento internacional guiado pelas hashtags #SchoolStrike4Climate e #FridaysForFuture.
A Greve Climática Estudantil (GCE) agendada para o dia 13 de março contava com várias localidades de Norte a Sul do país. No entanto, devido ao Coronavírus (COVID-19) os manifestantes foram obrigados a cancelar o evento a nível nacional. “Ouvimos a ciência e os especialistas e, apesar de sabermos que os jovens são os menos afetados por este vírus, reconhecemos a importância de agirmos em solidariedade com aqueles que são mais vulneráveis.”
Ainda assim, a comunidade não deixou de se fazer ouvir e optou por trazer a greve para o digital. Com as hashtags #ClimateStrikeOnline e #ClimaEmQuarentena, apelam a que em vez de saírem à rua, os manifestantes partilhem uma foto com o cartaz nas redes sociais.
A greve tem como principais objetivos, protestar contra os projetos aprovados pelo governo que levam ao aprofundar da crise climática, e demonstrar o descontentamento face ao Orçamento de Estado no qual há pouco investimento direcionado para medidas como a reflorestação, o alargamento da rede transportes públicos, e uma transição energética justa. Destacam ainda a pouca importância dada ao compromisso de atingir as metas para a neutralidade carbónica.
A equipa da GCE alerta, “o coronavírus é apenas uma amostra do que será a crise climática se baixarmos os braços e não continuarmos a lutar por justiça climática todos os dias”, garantindo que vai continuar a agir adaptando-se às circunstâncias.