Níveis de metano continuam a aumentar a grande rapidez
Os gases de efeito de estufa (GEE) são emitidos na atmosfera devido ao crescente uso de combustíveis fósseis, ao aumento do setor de transportes nas metrópoles, à desflorestação e também às atividades agrícolas, entre outras razões. Podem-se destacar gases como o dióxido de carbono (CO2), o dióxido de azoto (NO2) e o metano (CH4).
Atualmente, cientistas da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) revelaram que, a taxa de crescimento de gás metano na atmosfera é a mais rápida dos últimos 20 anos.
O aumento começou a ser notado desde 2006, em grande parte devido à exploração e produção de petróleo e gás. Em 2019 a concentração de metano chegou a cerca de 1,875 partes por bilião, tendo um aumento relativamente ao ano anterior, e estima-se que este ano o número continue a crescer.
“Ainda estamos à espera para ver qual será o número final(…) mas o facto do metano estar a aumentar significa que está a contribuir ainda mais para as alterações climáticas” afirma Ed Dlugokencky, investigador da NOAA, na revista científica Scientific American.
Os especialistas temem que o aumento da concentração de metano, que embora se extinga em décadas na atmosfera ao contrário do CO2, que leva no mínimo centenas de anos, possa prejudicar as metas definidas no Acordo de Paris.
Assim, a melhor forma para reduzir a poluição atmosférica de CH4, assenta em diferentes soluções que têm por base a sua origem. Desde diminuir a produção de gás e petróleo, adaptar equipamentos nas empresas que recolham o gás em vez de o libertar na atmosfera, tal como reduzir a criação de gado.