Kiribati: o paraíso à espera de ser engolido pelo mar



Já se disse que Kiribati, um Estado composto por 33 ilhas no meio do Pacífico, algum dia vai virar uma Atlântida, e que seus habitantes ficarão irremediavelmente submersos pelas águas do oceano. Um relatório da ONU alertava, já em 1989, que este seria o primeiro país a ser dizimado pela mudança climática no século XXI, devido à elevação do nível dos mares.
Segundo os mais de 800 especialistas que integram o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, organismo internacional agraciado com o Nobel da Paz em 2007, muitas ilhas do Pacífico tendem a desaparecer pelo simples facto de que a subida do nível das águas na região é de 12 milímetros por ano, o quadruplo do que sucede no resto do globo. O fenómeno, causado pelo aquecimento global, prejudica tanto a erosão do litoral do arquipélago como a contaminação dos seus lençóis de água potável.
O Presidente do Kiribati já disse que o seu país tem os dias contados: “Se nada for feito, vamos afundar-nos no oceano. Por volta de 2030 a nossa existência vai acabar por fases. Primeiro, as fontes de água potável; depois as árvores de fruto vão ser mortas pela água salgada”. Kiribati tornou-se independente do Reino Unido em 1979, designando-se até então por  ‘Ilhas Gilberts’, em honra do explorador britânico Thomas Gilberts. ‘Kiribati’ é a pronúncia local de ‘Gilberts’.
“As alterações climáticas estão a tornar o tempo muito quente. As chuvas são poucas. Quando há maré alta sabemos que sobe muito mais que antes”, conta Tataio, uma habitante de Kiribati, citado pela imprensa internacional.





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