Conseguirão os drones reflorestar o planeta?



Aumentar as florestas da Terra, com uma área do tamanho dos Estados Unidos, poderia reduzir o dióxido de carbono atmosférico em 25%. O relatório “O potencial global de restauração de árvores” , publicado na revista Science, revelou que existe terra suficiente para aumentar a cobertura florestal mundial em um terço, sem afetar cidades ou agricultura. “O nosso estudo demonstra claramente que a restauração florestal é a melhor solução disponível neste momento”, disse Tom Crowther, investigador no ETH Zürich e líder sénior do estudo.

A pensar nisto, várias empresas estão a dedicar-se a uma nova área de negócio, a de plantar milhões de árvores num curto espaço de tempo através de drones. A canadense Flash Forest é um desses casos. Tem como objetivo plantar mil milhões de árvores até 2028 e os responsáveis da empresa afirmam que estes métodos são dez vezes mais rápidos e 20% mais baratos do que as técnicas tradicionais de plantio de árvores.

A Flash Forest recorda que o planeta perde 13 mil milhões de árvores por ano, mas recupera menos de metade desse valor. Os pequenos veículos aéreos já começaram a sobrevoar uma área queimada por incêndios ao norte de Toronto, a maior cidade do país.

Além dos drones de última geração, a empresa usa software de mapeamento aéreo, automação e ciência ecológica para reflorestar, sobretudo áreas atingidas por incêndios.

Também a BioCarbon Engineering é uma empresa especializada neste atividade e o processo funciona da seguinte forma: Primeiro, um drone sobrevoa a área identificando a topografia, os obstáculos e os pontos mais adequados para plantar. O drone pode até escolher diferentes locais ideais, consoante a espécie de árvore. Depois, entram em acção os outros drones, transportando as “cápsulas” e disparando-as em direcção ao chão, no local exacto e com força suficiente para a enterrar no solo. As cápsulas são perfeitamente biodegradáveis e facilitam o germinar da semente.

É precisamente nisso que a empresa tem estado envolvida na Birmânia. Em conjunto com a Worldview International Foundation tem conseguido acelerar o processo de plantação de árvores de mangue, que estava muito atrasado. Os manguezais desempenham um papel fundamental na zona, quer preservando a biodiversidade, quer protegendo a terra das invasões do mar.

Já a Now é uma start-up que liga pessoas que querem combater as alterações climáticas e que pretende utilizar drones para acelerar os processos de reflorestação no mundo. O primeiro passo será utilizar os drones para mapear as topografias e reconhecer os terrenos, para que assim seja possível identificar as melhores regiões e automatizar o processo. Depois, os drones irão disparar sementes, assim como nutrientes, diretamente no solo.

Com o apoio da organização sem fins lucrativos Eden Reforestation Projects, a Now irá começar a apoiar projetos de reflorestação em Moçambique e em Madagascar.

 





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