Putin exige eliminação de danos ecológicos no Ártico russo após derrame de diesel



O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu hoje que sejam removidos os danos ao ecossistema do Ártico causados ​​pelo derrame de diesel que ocorreu no final de maio numa central termoelétrica de Norilsk, o segundo maior acidente deste tipo no país e o primeiro desta magnitude ocorrida no círculo polar russo.

“É necessário não apenas resolver a situação de maneira operacional, mas também restaurar completamente, na medida do possível, o ecossistema afetado”, declarou Putin durante uma reunião telemática ao acidente.

Isto assume maior a importância, observou, porque é a “natureza frágil da zona do Ártico”.

Como resultado do derramamento, ocorrido em 29 de maio, cerca de 21.000 toneladas de diesel contaminaram as terras e os rios vizinhos.

Este derramamento foi superado apenas pelo desastre de um oleoduto em Komi, ocorrido em julho de 1994, quando 94.000 toneladas de petróleo bruto contaminaram mais de 270 hectares e chegaram ao mar de Barens.

O presidente confirmou que nas últimas semanas foi realizado um trabalho em larga escala que permitiu controlar a situação e começar a limpar os territórios contaminados.

No entanto, solicitou medidas para evitar a recorrência de tais acidentes no futuro.

A presidente da entidade estatal russa encarregada de protejer a natureza, Rosprirodnadzor, Svetlana Radiónova, anunciou durante a reunião que, a partir do próximo mês, inspecionará 426 empresas localizadas no Ártico russo.

Por seu turno, a empresa Nornikel, proprietária da central termoelétrica que causou o derrame, declarou que a empresa inspecionará, junto com a entidade estatal russa responsável por garantir a conformidade com as normas técnicas, Rostejnadzor, todos os armazéns de hidrocarbonetos das suas instalações.

O diretor da empresa, Vladímir Potanin, garantiu que a inspeção destinada a detectar e erradicar “todos os pontos fracos” será concluída a 24 de julho.

Na operação, iniciada no início de junho, para reduzir as conseqüeências do derrame e impedir que o diesel se movesse pelos rios Daldikan e Ambárnaya para o mar, participaram o Ministério de Emergências da Rússia, a empresa Nornikel e várias empresas de petróleo russas.

O ministro russo, Evgueni Zinichev, informou ao presidente que 32.000 metros cúbicos de solução aquosa de diesel e 103.000 metros cúbicos de solo contaminado foram recolhidos até o momento.

“A solução está armazenada em 103 tanques herméticos localizados ao longo da margem do rio e 12 no território da central termoelétrica. A terra é armazenada em hangares fechados, o que impede de danificar o meio ambiente “, afirmou.





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