Novo estudo revela que os parasitas permanecem intactos há milhares de anos



O ser humano esteve, ao longo dos séculos, exposto a várias doenças que foram afetando a população e influenciando o seu decréscimo. Porém, o avanço da ciência e da medicina, e a evolução de medidas de higiene, permitiram mitigar em grande parte a proliferação dos agentes patogénicos.

A Revista Science aborda um novo estudo, que revela que os parasitas prevalecem há milhares de anos nos humanos. Os helmintas e os seus ovos permanecem intactos no hospedeiro, mesmo após séculos, como foi comprovado no esqueleto do Rei Ricardo III, que reinou no século XV em Inglaterra.

A equipa da Universidade de Oxford analisou 600 amostras de esqueletos enterrados nos séculos VII e XVIII, de países como a Alemanha, Reino Unido e República Checa, em busca da presença dos dois parasitas mais comuns, a Trichuris trichiura e a lombriga Ascaris lumbricoides. Após análise, concluíram que cerca de 25% dos indivíduos estavam infectados com Trichuris, e 40% com Ascaris, e os ovos estavam intactos.

A investigação confirma que as redes de saneamento, e o acesso às condições básicas de higiene e saneamento, permitiram afastar a presença destes parasitas na Europa. Assim, sugerem que é a ajuda da Organização Mundial de Saúde é crucial no combate a estas infeções.

Segundo a CUF, a sua permanência é variável consoante as condições higiénicas e sanitárias e a localização geográfica, mas as regiões mais comuns de os encontrar são na África subsaariana, na Ásia e na América Latina. Estima-se que existam 3,5 mil milhões de pessoas no mundo afetadas por parasitoses.





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