Carta Aberta de mais de 350 cientistas alerta para o risco de extinção de Cetáceos
No âmbito do Mammal Research Institute (MRI), Instituto que pertence à Universidade de Pretoria na África do Sul, foi lançada uma carta aberta que conta com a assinatura de mais de 350 cientistas.
A carta “O Risco real e iminente de extinção de Baleias, Golfinhos e Botos” reforça a preocupação dos especialistas para com os cetáceos, e aponta a ineficácia das ações realizadas até agora para a proteção das espécies. Os mares estão “cada vez mais ocupados, poluídos, superexplorados e dominados pelo homem” explicam, o que põe em causa a segurança das populações destes animais.
O documento aponta diferentes espécies em perigo de extinção, nomeadamente, a Baleia Franca do Atlântico Norte (Eubalaena glacialis), a Vaquita (Phocoena sinus) e o Baiji (Lipotes vexillifer).“Nós acreditamos que, nos três casos, se sabia o suficiente sobre a situação das espécies em causa para que esse decréscimo dramático fosse evitado, mas que faltou vontade política para agir.”
“O panorama desolador para essas três espécies mostra que com frequência o pouco que é feito tarde demais. Das 90 espécies vivas de cetáceos, mais da metade agora tem um estado de conservação preocupante de acordo com a IUCN, com 13 espécies listadas como ‘Criticamente Ameaçadas’ ou ‘Ameaçadas’, 7 como ‘Vulnerável’ e 7 como ‘Quase Ameaçada’, enquanto que 24 espécies são ‘Deficientes de Dados’. Essas espécies com deficiência de dados também podem estar em perigo. Simplesmente nós não sabemos. Esta falta de informações claras sobre tantas espécies e populações é em si uma grande preocupação”, referem no documento.
Os cientistas afirmam que à medida que vão procurando mais dados, deparam-se com novas subespécies que precisam de ações de conservação. A carta tem como fonte principal a lista vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).