Primeiro Ministro Australiano responde a pressão internacional sobre metas climáticas



Com o Acordo de Paris em vista, e as metas para mitigar as alterações climáticas impostas pelas Nações Unidas, já vários países acordaram datas para se tornar neutros em carbono. Por sua vez, a Austrália tem vindo a abster-se desse compromisso, e declarou inclusive apostar numa “recuperação a gás” (gás natural) no período pós-pandémico.

Sob pressão internacional, e em conversa com o Primeiro Ministro Britânico Boris Johnson, o Primeiro Ministro Australiano Scott Morrison reagiu afirmando que o próprio país é que iria definir as suas próprias metas; “As nossas políticas não serão definidas no Reino Unido, não serão definidas em Bruxelas, não serão definidas em nenhuma parte do mundo se não aqui”, lê-se no The Independent.

Segundo o jornal, quando confrontando com o facto de alguns parceiros comerciais como a China e o Reino Unido já terem afirmado querer tornar-se neutros em carbono em 2060 e 2050 respetivamente, Scott Morrison garantiu não estar preocupado com o futuro das exportações, e defendeu que a mudança “não deve vir à custa de preços mais altos para as coisas do dia a dia das quais os nossos cidadãos dependem”.

Contudo, de acordo o relatório “Climate of the Nation 2020” do Australian Institute, 59% dos cidadãos australianos preferiam que o governo investisse em energias renováveis, ao invés de em combustíveis fósseis como o gás (12%). Além disso, 68% apoia que o país se comprometa a ser neutro em carbono em 2050, e 80% admite que pensa já estar a viver o impacto das alterações climáticas.

O país começou a ficar mais consciente do impacto das alterações climáticas com os incêndios florestais que ocorreram no último ano, que vitimaram 30 pessoas e 3 mil milhões de animais, e destruíram cerca de 10 milhões de hectares e mais de 2 mil habitações.





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