Após detetarem várias mudanças no Ártico, cientistas garantem “o ecossistema está a mudar”



No decorrer de uma investigação no Alasca, no mês de outubro, Lee Cooper e Jackie Grebmeier do Centro de Ciências Ambientais da Universidade de Maryland, constataram grandes diferenças no oceano Ártico.

Os cientistas e a sua equipa notaram um atraso na formação de gelo marinho, o que resultou em amplas zonas de águas abertas, e um nível de atividade que para época com o gelo já seria muito mais reduzida. “A água e a temperatura do ar estavam mais quentes, e tivemos uma atividade do ecossistema que normalmente não ocorre tão tarde nesta estação”, afirma Jacqueline Grebmeier.

“Tivemos um aquecimento na água de até 3 graus Celsius acima do que é normal na coluna de água”, o que dificulta a formação de gelo, explica a especialista.“Sem a formação de gelo não se obtém a produção de algas na primavera, que é o primeiro golpe fresco de carbono nos sedimentos que os animais usam para o seu crescimento.”

“Estamos a ver um declínio na biomassa em muitas áreas, por isso não há assim tanto alimento no fundo do mar como costumava haver”, acrescenta.

A investigação costuma proceder-se nos meses de julho a setembro, mas a pandemia obrigou a que o estudo fosse adiado. Ao longo de 30 anos a dupla tem estudado a diversidade biológica e as transformações nos ecossistemas marinhos devido às alterações climáticas. Após as recentes observações, Jacqueline garante: “o ecossistema está a mudar”.

 

Fonte: Centro de Ciências Ambientais da Universidade de Maryland





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