A misteriosa máquina de Anticítera



Considerada uma das mais importantes descobertas arqueológicas dos nossos tempos, a Máquina de Anticítera continua a ser um grande mistério, passados 115 anos desde que foi encontrada ao largo de uma ilha grega. O artefacto com dois mil anos, também conhecido por Mecanismo de Antikythera, é considerado o primeiro “computador” analógico do mundo que seria usado para observações astronómicas. Mas as certezas em torno da sua existência são bem menos do que as dúvidas.

Foi encontrado por mergulhadores a 17 de Maio de 1902, submerso a 43 metros de profundidade, ao lado de estátuas e outros objectos antigos, ao largo da costa da ilha grega de Antikythera, de onde lhe vem o nome.

Estimando que terá sido fabricado por volta de 87 a.C. ninguém soube ainda explicar com exactidão porque é que terá sido criado. A ideia mais viável, sugerida em 1971 pelo norte-americano Derek Price, aponta que o Mecanismo de Antikythera era uma espécie de calculadora astronómica, uma invenção que seria muito avançada para a sua época.

“Essencialmente, foi a primeira vez que a raça humana criou um computador“, considera o matemático Tony Freeth, da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, em declarações divulgadas pela BBC. O mistério em torno desta “máquina extraordinária”, realça o site do Projecto de Pesquisa do Mecanismo de Antikythera, continua a espantar a comunidade científica mundial e está longe de ser desvendado.

A Máquina de Anticítera original está exposta no Museu Arqueológico Nacional de Atenas, na Grécia. Há também réplicas funcionais do mecanismo exibidas noutros locais, nomeadamente no Museu do Computador de Bozeman, em Montana, EUA.





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