EUA regressam finalmente à corrida climática: Biden quase duplica meta de redução de emissões de Obama



O Presidente norte-americano quer reduzir as emissões dos EUA em cerca de 50% até 2030, face aos níveis de 2005, com uma margem entre 49% e 53%. Em 2015, Barack Obama prometera uma redução de 26% a 28% até 2025.

A Administração Biden está a preparar-se para apresentar na próxima Cimeira do Clima, agendada pelo Presidente americano para os dias 22 e 23 de abril – uma espécie de semifinal em matéria climática antes da grande conferência das Nações Unidas, marcada para novembro no Rino Unido, sobre o mesmo tema – as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC´S) dos EUA.

Os dois cérebros norte-americanos do texto do Acordo de Paris, John Kerry, o antigo secretário de Estado de Obama e ex-candidato presidencial, e Gina McCarthy, a ex-líder da Agência para a Proteção Ambiental, são os escolhidos por Joe Biden, para redigir e apresentar este documento.

“As NDC são um elemento importante no quadro da nossa política externa”, sublinhou Kerry na sexta-feira, durante uma conferência de imprensa na Casa Branca, citado pela Reuters.

Até ao momento, nem Kerry nem McCarthy informaram oficialmente a imprensa sobre o conteúdo do documento. No entanto, uma fonte da Casa Branca garantiu à agência britânica que a Administração Biden quer reduzir as emissões dos EUA em cerca de 50% até 2030, face aos níveis de 2005, com uma margem entre 49% e 53%. Em 2015, Barack Obama prometera uma redução de 26% a 28% até 2025.

Em 2020 as emissões dos EUA caíram 21%, face aos níveis de 2005, segundo os dados do Rhodium Group. No entanto, como esclarece o documento, “este número foi sobretudo influenciado pela pandemia, não refletindo por isso os esforços até agora parcos dos EUA, em prol da causa ambiental”.

No dia 19 de fevereiro, a comunidade internacional gritou de alegria, depois de o ocupante da Casa Branca ter recolocado os EUA no Acordo de Paris, revogando assim o decreto, assinado por Donald Trump em 2017, que ordenava a saída da nação americana do tratado.





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