Cortiça portuguesa é a estrela do Serpertine Gallery Pavilion (com FOTOS)

A edição de 2012 do Serpentine Gallety Pavillion, em Londres, tem um interesse extra para os portugueses: a presença de mais de 80 m3 de cortiça da Corticeira Amorim. “É uma verdadeira montra para a cortiça [portuguesa]”, explica a empresa em comunicado.
Elemento transversal a todo o espaço subterrâneo do Pavilion, a cortiça foi seleccionada por ser um material que favorece a acústica do espaço e por apresentar características sensoriais distintivas, quer ao nível do tacto quer ao nível do olfacto. “É suave e quente ao toque, tem um cheiro muito característico e é passível de ser moldada em diferentes geometrias”, explicaram Jacques Herzog e Pierre de Meuron, dois dos arquitectos.
Na inauguração, António Rios de Amorim, presidente da Corticeira Amorim, revelou-se “muito satisfeito com a projecção que a cortiça assume neste projecto icónico da arquitectura mundial”.
“Depois desta utilização, [a cortiça terá] um maior reconhecimento internacional. É uma matéria-prima que nos esforçamos por valorizar diariamente”, explicou o responsável
Desenhado por Herzog, Meuron e Ai Weiwei o Pavillion apresenta-se como um lounge de cortiça, de forma circular, com uma estrutura complexa multi-nivelar, na qual proliferam 108 peças de mobiliário de aglomerado expandido de cortiça, desenhado especificamente pelos arquitectos para este efeito. O mobiliário foi esculpido manualmente por técnicos da Amorim Isolamentos, com a supervisão da equipa de arquitectos.
Recorde-se que o Serpentine Pavilion 2012 foi já adquirido por Usha and Lakshmi Mittal e entrará, a partir de 14 de Outubro, para a sua colecção privada.